Política

Fundador da Iniciativa Liberal elogia diversidade e diz que “opiniões mais ou menos exaltadas” são normais

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 22-01-2023

O presidente fundador da Iniciativa Liberal, Miguel Ferreira da Silva, elogiou hoje a diversidade dentro do partido e normalizou “opiniões mais ou menos exaltadas” mas avisou para o risco “de metodologias antigas de fazer política” poder contaminar os liberais.

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O ‘número um’ da lista T ao Conselho Nacional (órgão máximo entre convenções) e apoiante de Carla Castro, começou por subir ao púlpito para dizer que os liberais estão a viver “um sonho” referindo-se ao crescimento da IL desde a sua fundação.

“Ontem [primeiro dia da convenção] todos nós sentimos aqui a diversidade do partido. Com muitas opiniões, mais ou menos exaltadas, porque acreditamos naquilo que defendemos e isso é normal”, declarou, numa alusão a algumas críticas trocadas entre candidatos e membros no sábado.

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No entanto, o primeiro presidente do partido alertou para “o risco das metodologias antigas de fazer política” poderem contaminar os liberais, dizendo que “este é o momento de parar isso”.

Miguel Ferreira da Silva pediu também “respeito pelos órgãos”, defendendo que não compete ao Conselho Nacional “tratar da ação diária e política do partido” e salientou que “isso é função da Comissão Executiva e estará muito bem entregue”.

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“Na lista ‘T’ queremos recentrar o debate político dos membros no teu contributo para ajudar a comissão executiva, seja a qual for que seja eleita hoje, a criar este Portugal liberal em que acreditamos. Todos diferentes, todos liberais!”, rematou.

Momentos depois, o ‘número um’ pela lista ‘B’ ao Conselho Nacional, Nuno Simões de Melo, protagonizou uma intervenção inflamada e apupada e certos momentos pelos membros presentes na sala.

Nuno Simões de Melo defendeu que o partido não se pode tornar “uma melancia azul” que seja “liberal por fora e bloquista por dentro”, avisando que o risco é os liberais tornarem-se bloquistas, porque os bloquistas “não mudam”.

“Temos de falar mais com as maiorias e deixar as minorias ativistas a falar sozinhas”, clamou, tendo sido este um dos momentos em que foi mais apupado.

O liberal, que já anunciou o seu apoio a Carla Castro “a título pessoal”, disse ainda que “Portugal não começa no Saldanha e acaba nas Amoreiras” num apelo à descentralização do partido e deixou críticas à atual direção, pedindo transparência.

Nuno Simões de Melo ainda citou Francisco Sá Carneiro, antigo primeiro-ministro e um dos fundadores históricos do PSD.

“Como diria Francisco Sá Carneiro, também ele à sua época um liberal, viva sempre e acima de tudo Portugal!”, clamou.

A VII Convenção da Iniciativa Liberal termina hoje no Centro de Congressos de Lisboa, e os cerca de 2.300 membros do partido inscritos na reunião magna vão eleger o sucessor de João Cotrim Figueiredo na liderança do partido, que nas últimas legislativas passou de um para oito deputados.

Na primeira convenção eletiva da história da IL (fundada em 2017), disputam a presidência da Comissão Executiva Rui Rocha e Carla Castro, ambos deputados e membros da direção cessante, e o conselheiro nacional José Cardoso.

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