Política

Francisco Pinto Balsemão alerta para desafio de manter democracia “viva e atuante”

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 02-09-2021

O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão alertou hoje para o desafio de manter a democracia “viva e atuante”, criticando, em concreto, o adiamento da revisão da lei eleitoral.

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“O que se nota, como pano de fundo, é uma falta de crença na representatividade do sistema, incluindo os partidos e as próprias eleições. Mas, até agora, não surge alternativa”, referiu, na homenagem promovida pelo primeiro-ministro em São Bento para assinalar os 40 anos do VII Governo Constitucional, o segundo da Aliança Democrática (AD) (PSD, CDS e PPM), e que foi liderado por Pinto Balsemão.

Na sua intervenção, o militante número 1 do PSD centrou-se em duas causas que têm sido centrais no seu pensamento: a defesa do papel “cada vez mais relevante” dos meios de comunicação social e a necessidade de encontrar “caminhos novos” para o exercício da democracia.

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“Sei que, como estamos, com a democracia que temos no presente, não conseguiremos transpô-la, adaptá-la, mantê-la viva e atuante no futuro”, alertou.

Para o antigo primeiro-ministro, é essencial que as decisões que podem salvar e dinamizar a sociedade “sejam tomadas a tempo e, sobretudo, executadas sem atrasos nem desvios pseudo-justificados pelos conservadores de todos os quadrantes, por desculpas formais e adiamentos mesquinhos”.

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“Pensemos, por exemplo, nas eternas e suicidariamente adiadas revisões da lei eleitoral portuguesa”, afirmou, poucas semanas depois de o PSD ter apresentado uma nova proposta sobre esta matéria.

Com o líder do PSD, Rui Rio, na primeira fila, Pinto Balsemão referiu-se na sua intervenção a outro social-democrata, que assistiu à homenagem na última fila, o eurodeputado Paulo Rangel, citando o seu pensamento sobre a forma como a tecnologia obriga a repensar a democracia liberal.

No capítulo dedicado aos media, Balsemão deu um exemplo ligado ao antigo primeiro-ministro socialista José Sócrates para demonstrar a importância da credibilidade da informação.

“A história da licenciatura de José Sócrates esteve uma semana num site, mas só foi notícia depois de publicada no Público e no Expresso”, referiu.

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