Política

Fernando Pereira é candidato à Federação do PS de Coimbra

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 23-02-2023

O gestor de empresas Fernando Pereira anunciou hoje que é candidato à presidência da Federação do Partido Socialista (PS) de Coimbra, com uma candidatura que promete trazer mais transparência e ética ao partido e onde “a meritocracia vença”.

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“Não estou aqui por causa de chegar a lugares, nem como trampolim para ir para deputado ou outro órgão público. Se for eleito, não vou ser presidente da promiscuidade ou de casos da justiça”, defendeu.

Durante a conferência de imprensa da candidatura que designou “Pela Transparência e Dignidade”, que se realizou ao final da tarde de hoje, na sede do PS de Coimbra, Fernando Pereira destacou que pretende ouvir militantes e simpatizantes e abrir a discussão a toda a sociedade civil.

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“Com esta candidatura queremos abrir-nos à sociedade, acolhendo todos os que queiram contribuir, sendo ou não militantes. Temos de ouvir todos”, acrescentou.

Aos jornalistas, disse que mais do que discutir lugares ou se vai ou não haver congresso, importa discutir medidas para as diferentes áreas e uma estratégia para Coimbra e para a região Centro.

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“Temos os casos e promiscuidades que têm de acabar: quero ser o presidente de militantes e simpatizantes, mas recuso-me a ser o presidente desses. O que está mal tem de ser dito, temos de fazer um ‘mea culpa’ cá dentro e corrigir para mudarmos”, vincou.

O gestor de empresas sublinhou ainda a importância do PS escolher os melhores, em detrimento do “carreirismo” e onde “a meritocracia vença”.

Já o mandatário, Vítor Camarneiro, considerou que esta candidatura vem mostrar que há outras formas de fazer política e intervir na sociedade civil, valorizando e dando notoriedade ao distrito de Coimbra em termos nacionais.

“Motivou-me uma certa rebeldia por parte do candidato e a coragem de vir dizer que é possível fazer de outra maneira. O Fernando [Pereira] é considerado ‘enfant terrible’, mas acho que se calhar é isso que precisamos neste momento, uma candidatura improvável, mas com todas as potencialidades”, sustentou.

Já o presidente da comissão de honra, Cândido Ferreira, realçou que esta candidatura não pretende lutar contra ninguém, mas sim por “causas, valores, por Coimbra e Portugal”.

“Estou aqui porque estou preocupado com a situação política em geral, com o meu país e o clima no partido não é aquele que presidiu aos valores do PS. Coimbra pode e deve ter uma voz diferente no país: é preciso que Coimbra seja uma lição e ganhe influência”, argumentou.

As eleições para a presidência da Federação do PS de Coimbra foram agendadas para dia 25 de março, depois de, em janeiro, o presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita, que em novembro do ano passado tinha sido reeleito líder do partido no distrito de Coimbra, se ter demitido do cargo.

Na sequência desta demissão, o ex-deputado Victor Baptista assumiu publicamente a sua intenção de ser novamente candidato a presidente da Federação, desde que se realizassem “eleições para todos os órgãos, como assim exigem os estatutos do PS”.

Já o antigo deputado João Portugal e atual vice-presidente da Federação de Coimbra do PS foi o segundo militante, depois de Victor Baptista, a anunciar que disputará a presidência do partido em Coimbra.

A 11 de janeiro, Nuno Moita demitiu-se da liderança distrital do PS, justificando a decisão com o propósito de “proteger, defender e salvaguardar a imagem do partido”, após ser condenado a quatro anos de prisão, com a execução da pena suspensa, por participação económica em negócio quando desempenhava um anterior cargo público.

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