Economia

Feirantes esperam retomar 2.500 mercados e feiras por mês

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 29-03-2021

A Federação das Associações de Feirantes estima que a partir de 05 de abril cerca de 2.500 mercados e feiras voltem a realizar-se todos os meses e apela aos municípios que isentem os feirantes do pagamento de taxas.

PUBLICIDADE

“Na grande maioria dos municípios está tudo preparado, por parte dos presidentes de câmara, para a partir do dia 05 de abril se dar a reabertura dos mercados de produtos não alimentares, não se esperando que haja intransigência das autarquias”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Federação Nacional das Associações de Feirantes (FNAF), Joaquim Santos.

A data para a reabertura das feiras e os mercados de venda de produtos não-alimentares, cuja realização se encontra suspensa desde o dia 15 de janeiro devido à pandemia de covid-19, foi anunciada no passado dia 11, pelo primeiro-ministro, António Costa, mas a medida fica sujeita a autorização municipal, à semelhança do que já aconteceu no primeiro confinamento, no ano passado.

PUBLICIDADE

Trata-se de “um momento chave e crucial” em que, segundo Joaquim Santos, “compete a cada município aligeirar ao máximo a reabertura da sua feira”, já que, depois de três meses sem trabalhar “o feirante está asfixiado e completamente descapitalizado”.

O setor que “acatou ordeiramente” as restrições decorrentes da pandemia de covid-19, considera ser altura de “encontrar formas de reagir, economicamente”, sublinhou o presidente da federação, alertando para a necessidade de os feirantes “garantirem o pão para a boca e o sustento das suas famílias”.

PUBLICIDADE

publicidade

A verificar-se a estimativa da FNAF, de que a maioria dos municípios autorizará a realização das feiras nos seus territórios, Joaquim Santos acredita que a partir de 05 de abril voltarão a realizar-se “cerca de 2.500 feiras e mercados” de norte a sul de Portugal continental, movimentando “entre 15 mil a 16 mil feirantes”.

“É um número elevadíssimo de pessoas que, com os confinamentos do ano passado e deste ano, perderam mais de meio ano de trabalho”, disse, apelando aos municípios para que as câmaras e assembleias municipais “levem ao máximo, se possível até ao final de 2021, as isenções de taxas para este setor”.

A medida “pode contribuir para dar um fôlego a estes pequenos agentes económicos”, contribuindo para que a economia “não se deteriore ainda mais”, salientou Joaquim Santos, lembrando que “migalhas também são pão”.

À Lusa o presidente da federação admitiu, contudo, que a reabertura de feiras e mercados poderá não ser consensual em todo o país, com “uma minoria de câmaras, como a do Porto e de Foz Coa, onde depois do confinamento do ano passado houve mercados que não foram reabertos e onde poderão querer manter essa decisão”.

Nesses caso, acrescentou, a FNAF “vai tomar uma posição mais musculada e tomar as devidas diligências para que essas feiras sejam retomadas”.

Pois, garantiu, a ida às feiras, “é segura, o setor cumpre todas as normas da Direção Geral da Saúde e ninguém vai para um espaço destes sem máscara, sem o devido distanciamento e sem a desinfeção das mãos”.

A Federação Nacional das Associações de Feirantes congrega as associações de feirantes de Lisboa, Porto Douro e Minho, Região Norte, Beiras e Ribatejo.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE