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Feira dos Três em Ferreira-a-Nova é de ir e chorar por mais (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 03-02-2022

A Feira dos Três em Ferreira-a-Nova, no concelho da Figueira da Foz, é uma das mais antigas do país. Do “Rei das Cuecas” ao “Chouriço a Metro” tem de tudo para comprar. Não faltam produtos hortícolas, animais vivos, carne, peixe, roupa, calçado e até um bailarico para animar quem compradores e vendedores.

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“Estamos no coração da Gândara, esta é uma verdadeira feira gandaresa. Aqui pode comprar de tudo, até coisas que não consegue encontrar nos centros comerciais”, assegura Ricardo Batata, da Fábrica da Igreja Paroquial, entidade responsável pela organização do certame.

A feira realiza-se ao dia 3 de cada mês, quando calha a um domingo, é antecipada para o dia 2. Tem entre 150 a 200 comerciantes permanentes, alguns vendem neste recinto, junto à Igreja, há mais de meio século.

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Helena Magueta tem 57 anos e há mais de 40 que faz a feira. Na banca da “Tradição Cumprida” há chouriços, presuntos, queijos, torresmos, tudo “com qualidade”, garante a comerciante de Mira. “Os meus sogros já fazem disto vida há 80 anos!”, afirma.

Quem compra e quem vende tem sempre a companhia da música, às vezes atrevida, de Fernando e Margarida. Cantam e tocam no coreto no centro do recinto e não lhes falta público que dança e aplaude. “Vim para dançar e ver a Margarida que já tinha saudades dela. Há dois anos que não os via”, diz ao NDC Alda Dias, de 65 anos, sem nunca parar de dançar. De Quiaios, vem à “Feira da Ferreira desde criança”. 

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Quem também quer dançar mas lamenta “não ter par” é a vendedora de flores Lurdes. “Os clientes melhores são os que trazem dinheiro para pagar”, atira, dizendo que a feira é “muito boa e tem de tudo” até “burros com chapéus e animais com cornos e sem cornos”. 

“A covid não deixa dançar, mas a gente dança na mesma”, diz, deixando escapar a falta que lhe fez este momento de descontração durante os tempos de confinamento. É que mais do que um local de comércio, a Feira dos Três faz-se de reencontros e convívios.

“Infelizmente a pandemia tem-nos separado. Há vizinhos que se encontram aqui e fazem grandes festas que não se viam há muito tempo”, diz Marlene Caetano que vende “Chouriça a Metro”, negócio que a fez seguir as pisadas dos pais. “É uma feira que junta cultura, cidadania, camaradagem, ambiente muito bom”, assegura. “Temos clientes de todas as faixas etárias e muita diversidade de produtos”, remata.

Nelson Martins é o “Rei das Cuecas”. Não falha uma feira e garante que tem “o melhor pregão e o mais alto” para chamar a clientela. Quanto à feira, não tem dúvidas: “tem muita alegria, festa e diversidade de artigos. Quem cá vier vai gostar e vai voltar!”

 

Veja o direto do NDC do bailarico na Feira dos 3:

Veja o direto do NDC com a vendedora Lurdes Martins que quer um par para dançar:

Veja o direto do NDC com a vendedora Marlene Caetano:

Veja o direto do NDC com Nelson Martins, o “Rei das Cuecas” na Feira dos 3:

Veja o direto NDC com Alda Dias que veio dançar à Feira dos Três:

Veja o direto do NDC com Ricardo Batata, da Fábrica da Igreja, que conta a história da Feira dos 3:

 

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