Economia

Fectrans impedida de desfilar com carro de som até à residência do primeiro-ministro

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 10-12-2020

Cerca de 30 ativistas sindicais da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) protestaram hoje junto ao Ministério do Ambiente, reivindicando melhores condições, e foram impedidos de continuar o desfile até à residência oficial do primeiro-ministro.

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“Tínhamos previsto entregar um documento ao primeiro-ministro (…) só que, pela primeira, vez, a polícia impediu-nos (…) só permitiu deslocação que não fosse um desfile organizado, com visibilidade, o cordão humano que normalmente fazemos”, explicou à Lusa o dirigente da Fectrans, José Manuel Oliveira.

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As ordens das forças policiais, segundo este responsável, levaram a decidir a desmobilização dos dirigentes sindicais após a manifestação no Ministério do Ambiente, uma vez que recusaram fazer o desfile no passeio, e não na estrada como costumam, e sem carro de som.

No Ministério do Ambiente, representantes dos dirigentes da federação entregaram um memorando, no qual salientam ser “neste momento” necessário que o Estado intervenha para salvar postos de trabalho de milhares de profissionais, garantir a negociação da contratação coletiva existente, valorizar os salários e “dignificar” as profissões e fiscalizar as relações de trabalho, para combater o trabalho precário.

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No documento a entregar na residência oficial do primeiro-ministro, uma resolução aprovada pelos sindicalistas, a federação lembra que o surto pandémico “revelou fragilidades cavadas por décadas de política de direita, de submissão às imposições da União Europeia e dos grandes grupos económicos e financeiros, pelo que o país, com uma estrutura produtiva debilitada, sofre de forma acrescida os efeitos da pandemia”.

Os sindicalistas da Fectrans, afeta à CGTP, acusam ainda, naquele documento, o patronato de se “aproveitar de medidas desequilibradas em seu favor”, dando o ‘lay-off’ simplificado como exemplo, e de “proteger os lucros e passar os custos para o Estado, enquanto os trabalhadores viram os seus salários reduzidos”.

“Com a pandemia tornaram-se mais evidentes os efeitos negativos de destruição da componente social do setor, porque na prática o setor privado procurou defender os seus interesses e lucros, abandonando o serviço público a que está obrigado, apesar de ter continuado a ser remunerado da mesma forma e tenha, ainda, recebido mais dinheiro para repor parte dos serviços públicos que estava obrigado a prestar”, acusa a federação nessa resolução.

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