Saúde

Existe um medicamento conhecido que pode evitar cancro “silencioso”

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 27-02-2023

Uma equipa de cientistas descobriu que o uso frequente de ácido acetilsalicílico, ou aspirina, como é conhecido, pode ajudar a reduzir em 13% o risco de cancro nos ovários. 

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“Os resultados deste estudo sugerem que o uso frequente de aspirinas pode diminuir o risco de cancro dos ovários, independentemente da suscetibilidade genética do indivíduo” à doença, segundo os investigadores do estudo, que reuniram dados de oito investigações conduzidos pelo Ovarian Cancer Association Consortium entre 1995 e 2009 nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

“O cancro de ovário é o quinto tipo de cancro mais comum em mulheres”, apontou recentemente a médica oncologista Cristiana Marques, de acordo com a entrevista cedida ao Lifestyle ao Minuto.

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São diagnosticados cerca de 600 novos casos, todos os anos, em Portugal. E, segundo a especialista, “o risco estimado ao longo da vida para uma mulher desenvolver cancro de ovário é de cerca de um em 54”. 

É apelidado de “assassino silencioso”, pois é descoberto em fases muitas avançadas em oito em cada 10 dos casos. “Como não existe um método de rastreio eficaz, o diagnóstico é caracteristicamente em estádios mais avançados com consequente compromisso no prognóstico, pois quanto mais precoce é o diagnóstico, melhor é o prognóstico”, adverte Cristiana Marques.

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O estudo em questão envolveu 4476 doentes “com um tipo raro de cancro dos ovários e 6659 participantes que não estavam doentes, com idades compreendidas entre 49 e 66 anos. Dos que tinham cancro, 13% tomavam aspirina frequentemente (diariamente, ou quase, durante seis meses ou mais), em comparação com 15% dos restantes participantes.”

No futuro, o objetivo é “explorar o papel da utilização da aspirina na prevenção do cancro dos ovários em indivíduos considerados de risco”, concluiu a médica.

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