Partidos

Europeias: Gil Garcia (MAS) responsabiliza CDU e Bloco por alternância entre PS e PSD

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 20-05-2014

O cabeça de lista do Movimento Alternativa Socialista (MAS) às eleições europeias, Gil Garcia, acusou hoje a CDU e o BE de se manterem “artificialmente divididos” e permitirem assim a alternância do PS e do PSD no Governo.

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“Há um plano das direções” daquelas forças de esquerda para que socialistas e sociais-democratas “se alternem no poder”, disse à agência Lusa, em Coimbra, o líder e candidato do MAS ao Parlamento Europeu.

Gil Garcia disse que o MAS disputa as eleições europeias, “sem grandes ilusões” quanto à possibilidade eleger deputados, querendo contribuir para que o Bloco de Esquerda e a CDU – que integra o PCP e os ecologistas do PEV – se empenhem numa futura “coligação eleitoral de esquerda” para governar o país.

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Nesta campanha, que se se prolonga até sexta-feira, “é necessário discutir a presença de Portugal no euro”, uma situação que, caso se mantenha, continuará “a deixar o país sem economia e sem postos de trabalho”, defendeu, lembrando que, nos últimos três anos, enquanto a ‘troika’ internacional esteve em Portugal, cerca de 300 mil pessoas emigraram em busca de trabalho.

Neste contexto, Gil Garcia desaconselhou o voto no que classificou como “partidos do sistema”, especialmente o PS e o PSD, que, na sua opinião, representam “o projeto da elite política e económica que dirige o país” há mais de 30 anos.

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“Se votamos nos mesmos partidos, a que propósito vamos esperar resultados políticos diferentes?”, perguntou.

Nesta matéria, “a esquerda não é inocente, sobretudo a CDU e o BE”, afirmou, acusando estas duas organizações de terem “grandes responsabilidades neste ‘vira o disco e toca o mesmo’” da política portuguesa.

“Se nas coisas que são nevrálgicas, estes dois partidos têm uma política comum, por que não fazem uma coligação eleitoral que retire o país de 30 anos de PS e PSD?”, insistiu Gil Garcia, antes de participar numa arruada do MAS no Bairro da Conchada, em Coimbra.

Em tom crítico, disse que “é muito bom estar na oposição sem nunca ser testado no Governo”, mas que “o povo português é que paga sempre a fatura” dessa divisão da esquerda.

Gil Garcia acusou ainda o Livre e o MPT de serem também “partidos do sistema”, tal como os seus cabeças de lista, Rui Tavares e António Marinho Pinto, respetivamente, “ambos a favor do euro e de uma aliança com o PS”.

Após contactos com os moradores Conchada, a campanha do MAS para as eleições europeias, que se realizam a 25 de maio, prossegue às 20:30, em Coimbra, com um jantar-comício no Café Couraça, próximo da Universidade, no qual Gil Garcia vai defender uma redução de 30% das propinas do ensino superior.

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