Bernardo Lopes, 31 anos, de São Facundo, em Coimbra, é estudante de mestrado na Universidade de Coimbra, atleta e uma inspiração para muitos.
Vive com paralisia cerebral desde o primeiro ano de vida e tem enfrentado inúmeras batalhas para garantir o mínimo de autonomia e dignidade no seu quotidiano. Agora, precisa de ajuda urgente para reparar a carrinha adaptada que usa nas suas deslocações diárias. O veículo avariou e os custos de reparação são elevados demais para suportar sozinho.
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A carrinha é vital para que Bernardo possa continuar a frequentar as aulas, a fisioterapia e as atividades desportivas, nomeadamente o boccia, modalidade que pratica com paixão e cujo núcleo fundou na Associação Académica de Coimbra.
“Sem a carrinha, fico isolado e sem autonomia”, resume Bernardo. Por isso, lançou uma campanha de angariação de fundos com o objetivo de reunir os 3.500 euros necessários para reparar o veículo. Às 11:35 de 29 de maio, a iniciativa já contava com 368 euros e 25 apoiantes, mas ainda está longe da meta.
Este é mais um episódio numa longa história de persistência. Recorde-se que Bernardo Lopes, em entrevista ao Notícias de Coimbra, contava que estava à espera de uma nova cadeira de rodas elétrica desde 2020, apesar de o pedido já ter sido aprovado pela Segurança Social. A verba necessária (cerca de 26 mil euros) tarda em chegar, e a cadeira emprestada pela APCC é inadequada às suas necessidades. A demora levou Bernardo a recorrer a várias entidades — desde o primeiro-ministro ao Presidente da República — numa luta que se arrasta há anos.
Enquanto essa cadeira continua por chegar, é a carrinha adaptada que lhe permite manter alguma qualidade de vida. Agora, com o veículo avariado, o risco de isolamento é real.
Além do percurso académico notável, com duas licenciaturas já concluídas e atualmente inscrito em Mestrado em História Moderna, Bernardo é um cidadão ativo, com uma vida social. No entanto, a paralisia cerebral obriga a cuidados específicos e a equipamentos adaptados, que muitas vezes não chegam a tempo.
A mãe, Carla Bernardo, tem sido um pilar constante, mas reconhece que os recursos são escassos. A pensão vitalícia de apenas 96 euros e os encargos com saúde tornam difícil assegurar as necessidades básicas, quanto mais suportar despesas extraordinárias como esta.
Neste momento, cada contributo, por mais pequeno que seja, pode fazer a diferença. Para apoiar Bernardo, basta fazer um donativo ou partilhar a campanha com amigos e familiares. Para o fazer basta clicar aqui.
“Do fundo do coração, obrigado a todos os que puderem ajudar”, apela Bernardo, que mais uma vez demonstra que, mesmo entre obstáculos, há sempre espaço para lutar com dignidade, resiliência e esperança.
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