O último dia de campanha dos candidatos dos partidos com representação parlamentar ficou marcado por uma mistura de sentimentos de esperança na vitória e de avisos que os tempos “não são para projetos de aventureirismo”.
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No tradicional almoço de campanha do PS, na Trindade, em Lisboa, o cabeça de lista, Pedro Marques, advertiu que “os tempos do presente impõem que se evite projetos de aventureirismo, mas também, soluções de regresso ao passado com políticas de austeridade”.
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“Não é tempo de aventureirismos irresponsáveis de um pé dentro e um pé fora da Europa, como bem se está a ver com o ‘Brexit’ nos últimos tempos”, afirmou o cabeça de lista socialista, atacando, depois, o PSD e o CDS-PP.
Horas mais tarde, durante a arruada final da campanha socialista para as eleições europeias de domingo, no Chiado, o secretário-geral do PS, António Costa, classificou como sendo de “mau gosto” as críticas do líder do PSD, Rui Rio, que na quinta-feira o acusou de tentar deitar PCP e BE para a “rodas dos enjeitados”.
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Num jantar-comício em Oeiras, Rio tinha afirmado que o primeiro-ministro procurou demarcar-se do PCP e do BE, numa “encenação eleitoral” que comparou à “roda dos enjeitados”, para conseguir conquistar votos aos moderados.
Noutro registo, o cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, que participou esta tarde numa arruada no centro de Braga, aproveitou o último dia de campanha para deixar palavras de “motivação e confiança” num “grande resultado no domingo”.
A esta ação de campanha do PSD, onde se escutaram muitos gritos de “vitória”, juntaram-se o comissário europeu Carlos Moedas e alguns deputados sociais democratas, nomeadamente José Silvano, Hugo Soares e Emídio Guerreiro.
Já a CDU decidiu iniciar o seu último dia de campanha com uma arruada pelas ruas do Barreiro, um bastião que os comunistas perderam nas últimas eleições autárquicas, mas que acolheu com grande entusiasmo Jerónimo de Sousa e o cabeça de lista às europeias, João Ferreira.
Em clima de festa, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, manifestou o seu orgulho na campanha de João Ferreira, classificando-a com 20 valores, pela “objetividade, rigor, seriedade e verdade”.
Estes adjetivos foram repetidos por João Ferreira, que acrescentou que os comunistas apresentaram propostas que “vão mais além do que meros slogans”.
Por seu turno, o Bloco de Esquerda assinalou o seu último dia de campanha com uma arruada na cidade do Porto, percorrendo a rua de Santa Catarina, num tradicional desfile que, além da cabeça de lista, Marisa Matias, contou com a presença da coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
A campanha bloquista termina em Coimbra com um jantar de encerramento, também com a presença de Catarina Martins.
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