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Escultor Laranjeira Santos morre aos 93 anos, velório realiza-se na quarta-feira

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 meses atrás em 09-01-2024

Imagem: Reprodução Facebook @O Figueirense

O escultor português José Laranjeira Santos morreu no domingo, dia 7 de janeiro, aos 93 anos, no Hospital Universitário de Coimbra, onde tinha sido internado pouco dias antes com um problema de saúde, disse à Lusa fonte da família.

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O velório terá lugar na quarta-feira, a partir das 16:00, na Igreja São João de Deus, na Praça de Londres, em Lisboa, e o funeral realiza-se na quinta-feira, com missa às 12:30 e saída da capela às 13:00, para o crematório dos Olivais.

O Município da Figueira da Foz, cidade a que o escultor dedicou parte da vida e da obra, já emitiu uma nota de pesar e um agradecimento pelo “seu amor e generosidade”.

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Laranjeira Santos, natural de Lisboa, onde viveu, estudou e trabalhou, fixou também residência na Figueira da Foz, tendo doado ao município mais de uma centena de obras de escultura e desenho, representativas do seu percurso artístico desde a década de 1950 até à atualidade.

Este espólio encontra-se exposto no Núcleo de Arte Contemporânea Laranjeira Santos (NACLS), criado em 2020 no requalificado Castelo Engenheiro Silva, um dos mais emblemáticos edifícios da cidade.

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Maria do Céu Vasconcelos, nora do escultor e ‘designer’ de formação, que ao longo da vida desenvolveu trabalhos e curadoria relacionados com a obra de Laranjeira Santos, revelou que está em preparação um livro e uma exposição da vida e obra do escultor.

Estes projetos estavam a ser feitos em colaboração com o próprio Laranjeira Santos e terão continuidade, estando prevista a inauguração da mostra – inicialmente apontada para maio – para setembro deste ano, num espaço ainda a determinar em Lisboa.

Segundo Maria do Céu Vasconcelos, o escultor tem muitos catálogos de exposições, “mas nada que reúna tudo, a obra, a vida, as influências”.

José Laranjeira Santos nasceu em Lisboa, em 24 de setembro de 1930. Em 1951, ingressou na Escola Superior de Belas Artes, tendo concluído a licenciatura em Escultura em 1955.

No mesmo ano recebeu, da Academia Nacional de Belas Artes, o prémio de melhor aluno na área da Escultura e, em 1961, uma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian em Itália, onde permaneceu até 1963, proporcionando-lhe uma nova licenciatura em Escultura na Academia de Belas Artes de Roma.

A obra de Laranjeira Santos encontra-se representada em diversas coleções institucionais, municipais e particulares, em Portugal e no estrangeiro.

Ao longo da sua carreira artística foi galardoado com diversas distinções nacionais e internacionais.

Em 2020, a Figueira da Foz criou o NACLS, onde a sua obra está representada.

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