Entrudo das Aldeias do Xisto repõe tradições carnavalescas na Serra da Lousã
Dezenas de foliões vão integrar a 12.ª Corrida do Entrudo das Aldeias do Xisto, no concelho de Góis, que inclui visitas a vários lugares da Serra da Lousã e uma oficina de construção de máscaras de cortiça.
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A receção aos mascarados inscritos no Entrudo serrano, que visa recuperar as tradições carnavalescas da região, começa às 08:30, na Aigra Nova, junto às instalações da Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã, no distrito de Coimbra, que mais uma vez organiza o programa com apoio de diversas entidades.
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A corrida começa uma hora depois, com passagem pelas aldeias da Pena, Cerdeira e Ponte Sótão e regresso, às 13:30, à Aigra Nova, onde prossegue o convívio e a folia, antes e depois do almoço, que cumpre um “menu de Entrudo” concebido pela associação.
Um bailarico à moda antiga, a cargo do Grupo Etnográfico da Região da Lousã, realiza-se a partir das 15:00, a par do ateliê de construção de máscaras de cortiça, orientado pelo artesão José Cerdeira, e da subida do popular pau escorregadio.
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O programa encerra com a segunda edição do Desfile de Entrudo e o concurso da melhor máscara.
No ano passado, a Corrida do Entrudo contou com a participação de cerca de 40 pessoas.
Chova ou faça sol, os foliões ostentam durante horas as máscaras de cortiça, procurando repor antigas manifestações do Entrudo dos montanheses.
No percurso dizem quadras jocosas sobre moradores de cada aldeia, após avaliação prévia da organização junto de informadores locais, que descrevem as situações da comunidade suscetíveis de serem depois objeto de escárnio.
A Aigra Nova “celebra o Entrudo como sempre se fez: de forma simples, mas sempre divertida procurava-se roupa e objetos velhos, algo que ocultasse o rosto e de seguida brincava-se”, segundo uma nota da Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR).
“No Entrudo eram realizadas corridas às aldeias vizinhas, onde tudo era permitido”, tanto “declamar quadras jocosas” sobre os habitantes, como ”atormentar as velhas e seduzir as novas”, adianta a ADXTUR, que lidera um “projeto de desenvolvimento sustentável” em parceria com 20 municípios da região Centro e mais de 100 operadores privados, com apoio do Programa Operacional Centro 2020.
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