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Empresas portuguesas levam 48 marcas à feira de calçado de Milão

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 11-03-2022

Portugal estará representado por 48 marcas de 35 empresas na 93.ª edição da maior feira de calçado do mundo, que, após um adiamento de cerca de um mês, decorre de domingo a terça-feira em Milão, Itália.

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Citado num comunicado, o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) destaca que a presença portuguesa na MICAM “é da maior importância para retomar os negócios” e “um sinal de esperança” de que estará perto a “tão desejada normalidade”.

“A MICAM é a principal feira do setor e é muito relevante para as empresas portuguesas de calçado e marroquinaria, uma vez que reúne os maiores ‘players’ do setor a nível mundial”, salienta Luís Onofre.

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De acordo com a APICCAPS, “ainda que os dados internacionais apontem para uma recuperação plena do calçado a nível mundial apenas em 2023”, após o forte impacto sofrido com a pandemia de covid-19 (que provocou uma queda do consumo de calçado na ordem dos 20% a nível mundial), “no caso português, o último trimestre do ano [2021] superou já as melhores previsões”.

A indústria portuguesa de calçado exportou 1.676 milhões de euros no ano passado, mais 12% face a 2020 e 6% abaixo de 2019, tendo o último trimestre sido já “o melhor de sempre” (mais 6% do que em 2019) do setor nos mercados internacionais, para onde exporta mais de 95% da sua produção.

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Apostada em manter o ritmo da recuperação, o calçado português apresentou na passada terça-feira uma nova campanha de promoção internacional, na qual os atores Albano Jerónimo e Anabela Moreira protagonizam alguns dos quadros mais emblemáticos de seis pintores portugueses de referência: Amadeo de Souza Cardoso, Almada Negreiros, Eduardo Afonso Viana, José Malhoa, Júlio Pomar e Paula Rego.

Sob o mote ‘Pode a indústria ser uma forma de arte?’ a APICCAPS propõe-se, com esta nova campanha, “reforçar a premissa de que a indústria é uma aliada dos artistas e, juntos, criam momentos únicos e objetos de desejo”.

Para Luís Onofre, “estas campanhas pretendem, mais do que elogiar o talento nacional e retratar uma identidade, abrir uma porta para o exterior”: “Na sua génese, pretendem valorizar a herança do passado e do que fazemos melhor, para que esta qualidade e beleza sejam apreciadas por todos, num mundo cada vez mais rápido e instável, e se cruzem com outros talentos e culturas, sejam um exemplo do que continua e perdura e encanta, mas sempre a aperfeiçoar-se em direção ao futuro”, explica o dirigente associativo.

Considerada a maior feira de calçado do mundo, a MICAM esteve inicialmente agendada para de 20 a 22 de fevereiro, mas, por razões de segurança relacionadas com a pandemia, a organização decidiu, em meados de janeiro, adiar a edição para março.

Desta forma, explicou na altura, será possível facilitar as viagens entre países e maximizar as oportunidades de negócio geradas pelo evento: “Esperamos que, em março, o cenário seja mais fácil, permitindo que os compradores vindos de países fora da UE [União Europeia] respondam aos requisitos de segurança adotados pelo Governo italiano”, referiu, então, a organização em comunicado.

Sob o mote #BetterTogether, esta edição da MICAM mantém o formato de três dias adotado na última edição (em vez dos habituais quatro), devido à pandemia, e apresentará as propostas para o próximo outono-inverno 2022-2023. O horário será alargado (até às 19:00 nos primeiros dois dias do evento e até às 18:00 no terceiro dia).

O presidente da Assocalzaturifici (associação italiana da indústria de calçado) e da MICAM, Siro Badon, avança que, nesta edição, a feira terá uma maior oferta de produtos: “A próxima edição da MICAM estará de volta para dar um novo impulso ao mercado, graças à sua ampla oferta”, destacou.

Na próxima edição, agendada para de 18 a 21 de setembro, a feira voltará ao formato de quatro dias.

A presença na MICAM insere-se na estratégia promocional definida pela APICCAPS e pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), com o apoio do Programa Compete 2020, e visa consolidar a posição relativa do calçado português nos mercados externos.

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