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Empresários da diversão pedem medidas urgentes para “subsistir” ao surto

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 16-03-2020

A Associação Portuguesa de Empresas de Diversão solicitou uma reunião urgente ao Governo para que avance com medidas de apoio ao setor, como a equiparação a trabalhadores independentes e suspensão de contribuições, que permitam “subsistir” à pandemia de Covid-19.

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Em declaração à Lusa, o presidente da associação, Francisco Bernardo, sublinhou que cerca de 90% dos empresários do setor não trabalha há seis ou sete meses e esperavam poder fazer face às despesas do inverno a partir de março.

Contudo, em face do surto de Covid-19, todos os eventos programados para os próximos meses foram cancelados, causando inúmeros prejuízos aos empresários.

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“O setor está completamente parado. Já foram cancelados cerca de 30 eventos só nesta altura, e muitos empresários já estavam a deslocar-se para os locais, tendo já suportado os respetivos custos de deslocação dos equipamentos”, adiantou.

Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED), à associação começam a chegar empresários “desesperados” que são confrontados com o pagamento de despesas mensais – créditos, impostos, obrigações contributivas, entre outros – mas, não têm qualquer receita.

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A situação do setor levou a APED a solicitar uma reunião de urgência ao Governo.

O pedido seguiu, na sexta-feira, por ‘email’, para o Ministério da Economia e também para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na missiva, os empresários da diversão pedem que Governo avance com medidas de apoio ao setor que permitam que os empresários possam “subsistir” enquanto se mantiver o estado de alerta no país.

A APED propõe duas soluções: a equiparação destes empresários aos trabalhadores independentes e suspensão das obrigações contributivas à Segurança Social e Finanças, bem como dos empréstimos bancários.

Os empresários pedem ainda que, no regresso à normalidade, o Governo reconheça o setor, tal como vem sendo pedido há vários anos, como atividade cultural, o que permitiria descer o IVA de 23% para 13%.

Portugal registou a primeira morte de uma pessoa infetada com o novo coronavírus, anunciou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido.

Em Portugal, 331 pessoas foram infetadas até hoje com o vírus da pandemia Covid-19, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de hoje, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou hoje o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.

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