Coimbra

Donos de terreno acusam Junta de Santo António dos Olivais de invasão de propriedade (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 06-08-2021

Os proprietários de um terreno, situado na Rua da Fonte, em Casal do Lobo, no concelho de Coimbra, acusam a Junta de Freguesia (JF) de Santo António dos Olivais bem como alguns populares de “ações indevidas”, nomeadamente invasão de propriedade. no lote em causa.

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A filha do proprietário, Margarida Costa, disse ao NDC que a primeira ação indevida por parte da Junta terá ocorrido no dia 6 de maio deste ano quando “receberam uma carta da JF a exigir a retirada de uma cancela que limitada o acesso ao terreno porque, segundo a JF, a mesma cancela estava a impedir a passagem a outros populares, através de um alegado caminho público, até à fonte/tanque de Casal de Lobo”.

Margarida Costa explicou que esse lavadouro público sempre foi utilizado por residentes na localidade, mas defende que este é um pedido indevido, uma vez que esse “dito caminho público não o é, por fazer parte da parcela de terreno adquirida pelos pais, sendo por isso, segundo a mesma terreno privado”.

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A residente afirmou que existe um caminho público que permite o acesso ao tanque de lavar roupa, mas que não é esse a que a Junta refere, sendo outro, situado no lado oposto da propriedade “vem do lado do Bairro de São José, que nós todos conhecemos por Quelho”, pelo que, segundo a queixosa, a JF não tem o direito de fazer “o pedido que fez por carta”. 

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A filha dos donos do terreno, clarificou que a escritura contém uma alínea one de por de ler que “o terreno foi comprado livre de ónus e encargos”, o que segundo a senhora comprova que todo o recheio da propriedade, incluindo a fonte e os caminhos de acesso à mesma já não são públicos pelo que não têm a obrigação de dar passagem a ninguém: “não sou eu que digo isso, é a escritura, logo nós não estamos aqui a cometer irregularidade nenhuma”.

Outro desenvolvimento no caso, ocorreu a 29 de julho, quando os proprietários chamaram a PSP ao local, porque “a Junta de Freguesia entrou no terreno, sem qualquer aviso, e pôs-se a pôr gravilha no caminho que eles dizem que é público, mas que não é”, contestou Margarida Costa.

“Nesse mesmo dia, estavam a invadir o terreno os funcionários da JF e um popular e retiraram uma rede que o meu pai tinha a vedar o terreno e puseram umas cancelas para poderem passar livremente naquilo que é do meu pai, terreno privado”, ações que levaram a uma queixa-crime à PSP “por invasão de propriedade e por terem tirado a rede”, informou a queixosa.

Segundo os proprietários do terreno, a situação foi causada por pressão de populares “que querem à força toda um caminho para passar um trator, porque estavam habituados a circular livremente pelo terreno quando pertencia à JF, mas agora já não é público, é terreno privado que foi pago e mais que pago por nós”.

Para além destas denúncias, Margarida Costa, relatou ainda que o pai “já sofreu várias ameaças verbais e físicas por parte de particulares, tendo mesmo que abandonar a sua propriedade por se sentir em perigo”.

A filha dos proprietários apela às entidades competentes que averiguem e a ajudem a resolver esta situação “o mais rapidamente possível, porque somos vítimas de invasão de propriedade a toda a hora, a JF entra e sai quando quer, tiram as vedações e os animais fogem, porque as coisas ficam abertas. É mesmo muito triste esta situação estar a passar-se, quer dizer o meu pai comprou este terreno, pagou por ele, mas pelo jeito continua a ser da Junta”.

O presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais foi contactada pelo NDC, mas afirmou que não se vai pronunciar sobre este caso, uma vez que também a autarquia aprsentou uma queixa de “crime público”.

A Freguesia de Santo António dos Olivais esclareceu apenas que há um abaixo assinado, que conta já com a assinatura de 61 pessoas, e que pede a intervenção da Câmara Municipal de Coimbra para “a resolução da questão, designadamente no acesso àquela fonte da forma que sempre foi proporcionado pela autarquia, para que a fruição da fonte em apreço continue na esfera de direitos e interesses da população”.

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