Dezenas de pessoas sofreram ferimentos ligeiros no incêndio da Lousã

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 16-10-2017

Dezenas de pessoas sofreram ferimentos ligeiros devido ao incêndio que deflagrou na Lousã, no domingo, e que teve hoje alguns reacendimentos, disse o presidente da Câmara à agência Lusa.

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“Houve dezenas de feridos ligeiros”, lamentou Luís Antunes, indicando que a prioridade da autarquia e dos meios de socorro no terreno é combater os incêndios que ainda eclodem no concelho, no distrito de Coimbra, como um que lavrou de manhã próximo da aldeia de Cabanões, em território da União de Freguesias de Lousã e Vilarinho.

Luís Antunes disse não haver no município registo de vítimas mortais causadas pelo fogo, que começou no domingo, junto à localidade de Vilarinho, pouco antes das 09:00.

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O reacendimento de hoje de manhã terá sido provocado por “projeções durante a madrugada”, sendo preocupação das autoridades e dos operacionais evitar que as chamas venham a alastrar a zonas mais elevadas da Serra da Lousã, onde existem alguns dos lugares turísticos que integram a rede Aldeias do Xisto.

“Queremos apagar este fogo no mais curto espaço de tempo”, referiu.

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No domingo, segundo o presidente da Câmara, o incêndio causou “um dano ambiental muito grande”, sendo igualmente extensa a área florestal queimada pelo fogo na sua passagem em direção aos municípios vizinhos de Vila Nova de Poiares e Penacova.

“Houve pessoas retiradas de suas casas”, sobretudo em Serpins, que “foi a freguesia mais afetada”, a seguir às uniões de Lousã e Vilarinho e de Foz de Arouce e Casal de Ermio.

Em Vale da Ursa, Serpins, ardeu um pavilhão de uma indústria de mobiliário, enquanto na mesma freguesia o fogo destruiu a Fábrica de Papel do Boque, desativada há cerca de 30 anos e classificada, em 1992, como imóvel de valor concelhio, depois convertido, em 2001, em interesse municipal.

“É sempre uma situação que não é nada agradável”, declarou Luís Antunes, a propósito da perda daquela unidade fabril, construída em 1861, “um património que faz parte da identidade da freguesia e do concelho”.

Além de diversas casas, anexos e instalações empresariais queimadas, em número e usos ainda por identificar, foram afetadas na mesma zona pelo menos duas unidades pecuárias, uma das quais produz cabritos e leite e possui mais de 250 cabras que pastam numa área de 100 hectares do baldio da freguesia de Serpins.

As duas explorações perderam alguns animais à passagem do fogo, segundo o presidente da Câmara.

Admitindo que “seriam necessários mais meios” para debelar as chamas, Luís Antunes enalteceu o “trabalho muito positivo” que as unidades de socorro realizaram no concelho.

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