Política

Críticos dizem que é preciso debate da política e balanço do ciclo de derrotas do BE

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 14-02-2023

O ex-deputado do BE Carlos Matias, crítico da atual direção, considerou hoje que o tempo é do “debate da política” e do balanço do ciclo de derrotas eleitorais, defendendo um “Bloco mais democrático e mais respeitador da pluralidade”.

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Em declarações à agência Lusa sobre o anúncio de Catarina Martins de que vai deixar a liderança do BE na próxima Convenção Nacional, Carlos Matias, do movimento convergência, começou por manifestar o “apreço pela forma empenhada e dedicada” como a ainda líder desempenhou o cargo, vendo com naturalidade esta decisão.

“O tempo é o do debate da política. Qualquer candidatura, qualquer direção tem que ser a emanação de uma linha política e é preciso para isso, antes de mais, fazer um balanço profundo do ciclo de derrotas eleitorais que o Bloco tem tido. A direção tem fugido, de uma forma sistemática, a fazer esse balanço aprofundado”, defendeu.

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Na análise de Carlos Matias “é preciso que a Convenção dê contributos nesse sentido e é preciso afirmar um projeto político, com propostas políticas, autónomas do Bloco para o futuro e é preciso tornar o Bloco mais democrático, mais respeitador da pluralidade, mais enraizado no território, nos movimentos sociais”

“Uma candidatura tem que responder a estes problemas. Este é o tempo da política”, disse.

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Questionado sobre o nome de Mariana Mortágua para encabeçar uma candidatura à liderança, o antigo deputado disse não saber se “vai mesmo para a frente ou não”, mas reiterou que nesta altura o objetivo é “discutir política”.

“Vamos apresentar uma candidatura que seja uma emanação da nossa proposta política”, antecipou, pretendo que “seja uma plataforma unitária, que vá muito para além da convergência e que tenha outras sensibilidades”.

Carlos Matias lamentou ainda que o regulamento desta próxima convenção “tenha sido alterado” porque antes 20 aderentes poderiam apresentar uma moção e esse número passou agora para “quase 200”.

“Isto significa a exclusão de muitos aderentes. Este novo limite é excludente de muitas sensibilidades”, criticou, defendendo que é preciso um BE unido e “decisões dessas não contribuem nada para a unidade do Bloco e para o seu fortalecimento”.

Na análise do crítico da atual direção “há eleições democráticas e as eleições mesmo que tenham um resultado previsível dependem das circunstâncias em que elas existem, depende da correlação de forças, depende do debate, da política, depende de muita coisa”.

“Está tudo em aberto e por isso é que se fazem convenções em partidos democráticos”, enfatizou.

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