Desporto

Cristiano Ronaldo não felicita companheiros após vitória histórica contra Luxemburgo

Frederico Duarte Carvalho | 8 meses atrás em 15-09-2023

O capitão da seleção nacional não jogou contra o Luxemburgo por estar suspenso, ficando assim ausente da goleada histórica por 9-0. Mas o pior foi o facto de, na sua conta de Instagram, não ter surgido qualquer mensagem a felicitar os companheiros, contribuindo assim para um clima de instabilidade na seleção que vem desde o mundial do Qatar.

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O final de carreira de Cristiano Ronaldo não está a ser bonito. Após as polémicas sobre a sua utilização ou não durante a totalidade das partidas do mundial do Qatar, o capitão da Selecção Nacional não está a gerir bem as suas redes sociais, demonstrando que a falta de unidade no ambiente de trabalho ainda não foi ultrapassada.

O sinal mais notório surgiu esta semana, após a vitória histórica da Selecção Nacional frente ao Luxemburgo, no dia 11, no Estádio do Algarve, por 9-0, em que o capitão da seleção manteve um silêncio total sobre o feito na sua rede social de Instagram, onde conta com 605 milhões de seguidores. 

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O resultado alcançado pela seleção, que jogou sem Ronaldo por este estar castigado, é inédito na história da equipa de todos nós. Aliás, esse era precisamente o resultado da maior goleada sofrida pela equipa das quinas quando, a 11 de Março de 1934, perdeu em Madrid contra a seleção da Espanha.

Com o treinador espanhol Roberto Martínez no lugar do anterior selecionador nacional, Fernando Santos, Ronaldo manteve-se como capitão, apesar da idade e do facto de jogar numa liga longe da exigência de qualidade das ligas europeias. CR7 em sido escalado para a equipa principal que, deste modo, continua a seguir a tática de “Ronaldo e mais dez”.

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Não deixa de ser notório o esforço em campo de um jogador que já deu muitas alegrias aos portugueses – que sempre se irão recordar, entre outros, a maneira como, há dez anos, “carregou” praticamente sozinho a seleção no jogo contra a Suécia, marcando três golos contra a equipa que contava, então, com o poderoso avançado Zlatan Ibrahimovic, permitindo a Portugal seguir em frente para o mundial de 2014, ficando a Suécia pelo caminho.

Só que agora as coisas parecem diferentes. E isso viu-se na forma limpa e esclarecida como a seleção jogou contra o Luxemburgo, com outras vedetas de clubes estrangeiros, como Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Rafael Leão, Diogo Jota, Gonçalo Ramos e Gonçalo Inácio, Ricardo Horta e João Félix. 

Sem a necessidade de o jogo passar pelas pernas de Ronaldo, que, notoriamente, não tem a mesma eficácia de outros tempos, – sem falar nas representações teatrais demasiado expressivas para as câmaras cada vez que perde uma jogada ou falha um golo frente a um guarda-redes mais esclarecido -, viu-se como a seleção é capaz de jogar com 11 titulares e não apenas com um mais dez.

A última foto colocada na conta de Instagram Cristiano Ronaldo (@cristiano) com referência à seleção portuguesa data de 8 de Setembro, após o fim do jogo contra a Eslováquia, em que Portugal venceu por 1-0, com golo do ex-companheiro de Ronaldo no Manchester United, Bruno Fernandes. “Vitória muito importante num jogo difícil! Seguimos invencíveis! Vamos Portugal”, pode-se ler na rede social de Ronaldo. Essa foto rendeu mais de 7 milhões de reações favoráveis.

 

Após uma vitória histórica, mas sem Ronaldo no campo, o capitão (ou quem gere a sua rede social) optou por não colocar nenhuma foto de a registar o feito. Seria apenas devido ao facto de Ronaldo não ter participado na vitória? Acaso não foi uma vitória que mantém a seleção “invencível”? 

 

O critério pode levar-nos a presumir que CR7 está melindrado por saber que a seleção é capaz de alcançar goleadas históricas sem a sua presença em campo? De facto, mesmo que tenha o direito a gerir as suas redes sociais como bem entender, esse “esquecimento” cai mal, sobretudo quando se pretende construir uma unidade dentro da seleção.

 

A foto que Ronaldo colocou depois da vitória da Eslováquia surgiu no dia 14 de Setembro, três dias depois da goleada frente ao Luxemburgo, e pretende promover uma nova fragância com o nome CR7. Pode até ser uma boa fragância, mas isso não esconde a impressão de que algo ainda cheira a podre no balneário da seleção.          

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