Coimbra

Covid-19: IPO de Coimbra vacina servidores de empresas de segurança e limpeza e outros colaboradores não prioritários

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 02-02-2021

Notícias de Coimbra sabe que o Instituto Português de Oncologia de Coimbra (IPO) vacinou dezenas de pessoas que não estão na designada linha da frente.

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Recordamos que, de acordo com plano de vacinação, na área hospitalar apenas devem ser vacinados “os profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes”.

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Fonte conhecedora deste processo garante que a lista de não prioritários vacinados contra a covid-19 no IPO de Coimbra inclui funcionários de áreas tão diversas como os serviços de secretariado, financeiro, informática ou pessoal, pessoas sem contato direito com doentes.

Os servidores das empresas de limpeza e segurança (privadas) que prestam serviços no IPO também foram contemplados com a desejada vacina.

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Notícias de Coimbra  questionou hoje o IPO Coimbra sobre estes casos de alegada irregularidade na vacinação contra a covid-19, mas o instituto entendeu responder fez o que devia ser feito.

A instituição otou por não indicar o número de indivíduos envolvidos neste processo de vacinação, mas respondeu de imediato que o “Plano de Vacinação dos Profissionais do IPO de Coimbra pauta-se pelo cumprimento das orientações emanadas pela Tutela, em articulação com o Plano de Contingência Institucional e de acordo com critérios que contemplaram a imprescindibilidade da atividade assistencial, risco de contágio no decurso da prestação de cuidados e especificidade dos profissionais de saúde”.

“Foi naturalmente priorizada e assegurada a vacinação dos profissionais considerados elegíveis ao abrigo das orientações da Tutela. Em devido tempo, na observância dos critérios de prioridade e à semelhança do que já é prática da Instituição relativamente à vacinação contra a gripe sazonal, o IPO de Coimbra considerou colaboradores de algumas empresas prestadoras de serviços, colaboradores esses que são residentes na Instituição e que desenvolvem a sua atividade no contexto de elevada proximidade física com os doentes e outros profissionais”, admite o IPO.

Na resposta enviada a NDC, o IPO de Coimbra acrescenta que trata doentes com especiais vulnerabilidades no que toca ao risco de contrair infeções, nas quais se incluem a infeção pelo Vírus SARS-CoV-2. Aliás, a tutela e a DGS atribuíram aos IPO de Coimbra, Lisboa e Porto um estatuto especial, comummente designado como “Covid-19 free”. No sentido de proteger doentes e profissionais, as medidas de proteção adotadas na Instituição ao longo da pandemia têm sido acrescidas relativamente à prática de outras instituições.

“No pressuposto desta especial proteção, a vacinação no contexto do IPO de Coimbra assume especificidades próprias e assenta numa estratégia de prevenção e minimização do risco de contágio e contenção de potenciais surtos”, salienta o hospital.

O hospital garante que todo o processo de vacinação na Instituição foi planeado e organizado para evitar o desperdício de doses, tendo decorrido de forma transparente, com o devido reporte na plataforma Vacinas.

A ministra da Saúde, Marta Temido,  já disse que o Governo está empenhado em que casos de vacinação indevida contra a covid-19 não se repitam e disse que o incumprimento do plano de vacinação merece “veemente repúdio”.

A ministra, que falava numa conferência de imprensa para dar conta do andamento do plano de vacinação contra o novo coronavírus, disse que o Ministério da Saúde está empenhado em que os casos de incumprimento “sejam tratados adequadamente”, porque o processo de vacinação “não pode sofrer fragilidades”.

A propósito de casos que têm sido divulgados de que foram vacinadas pessoas que não são consideradas prioritárias, Marta Temido afirmou que todas as situações que tenham sido reportadas como desvios às regras do plano de vacinação “serão investigadas por quem de direito e serão retiradas as consequências após a investigação”.

Marta Temido disse que “não há processos” em que não se faça antes uma “investigação exata e concreta” e acrescentou que desde a semana passada a Direção-Geral das Atividades em Saúde está a avaliar e a auditar semanalmente o processo de vacinação em curso.

Autarcas, dirigentes de lares, funcionários da segurança social e do INEM estão no centro dos vários casos de vacinação indevida denunciados em vários pontos do país, alguns a ser alvo de inquéritos por parte do Ministério Público. 

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