Política

Covid-19: Associação de retalho e restauração quer “medidas urgentes” para salvar setor

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 04-02-2021

A Associação de Marcas de Retalho e Restauração apresentou hoje medidas urgentes para salvar as empresas e o emprego no setor, entre as quais o diferimento do IVA, o prolongamento das moratórias de crédito e o reajustamento do programa Apoiar.

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A AMRR alerta, em comunicado, para o risco de colapso da economia nacional, “com as empresas do setor do retalho e da restauração no limite da sua capacidade de resistência” e defende que “novos problemas precisam de novos apoios”.

A associação refere estar alinhada com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), defendendo que o IVA liquidado em fevereiro seja diferido, possibilitando-se o seu pagamento em prestações, que a moratória de crédito (capital e juros) seja prolongada até março de 2022 e que o Programa Apoiar seja ajustado, com vista a ter em consideração, para efeitos de análise da queda de vendas, o mesmo perímetro comparável de estabelecimentos.

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A AMRR quer também que o programa Apoiar Rendas seja robustecido, com reforço dos apoios em termos mais adequados à realidade, e abrangendo também os quiosques dos centros comerciais, e que a moratória das rendas seja prolongada.

Para os contratos em centros comerciais, considera que “é necessária uma solução legislativa que permita, com equilíbrio e justa repartição de sacrifícios entre proprietários e lojistas” de modo a assegurar em 2021 uma taxa de esforço “não superior à verificada em 2019”.

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Não colocando em causa a necessidade das medidas impostas no novo confinamento geral, a AMRR recorda que brevemente “perfar-se-á um ano inteiro de limitações significativas no desenvolvimento da atividade do retalho e da restauração”.

“Após três meses com as lojas fechadas em 2020, a generalidade do comércio de retalho enfrenta agora um período que se teme não inferior a dois meses de novo encerramento. Isto significará que, no espaço de um ano, o comércio terá cinco meses de faturação zero. Sendo que nos restantes sete meses, a faturação teve quedas de 40%, em resultado de uma menor procura e da existência de medidas restritivas de horários e de lotação dos espaços”, sinaliza.

Acrescenta que, neste período, no qual as tesourarias estão em grande pressão, “são várias as empresas que se encontram com falta de liquidez e com enormes dificuldades para pagar a fornecedores, rendas, parte do ‘lay-off’ e impostos”.

“A AMRR entende que não é possível considerar-se que os apoios e medidas determinados em 2020 possam também cobrir os problemas de 2021. O contexto mudou. As dificuldades aumentaram. São necessárias novas medidas e novos apoios”, refere.

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