Economia

Conselho Empresarial da Região de Coimbra quer mais entre o mar e a serra

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 12-11-2021

Depois de dois anos de maturação do processo, o Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) foi hoje constituído formalmente por 12 associações empresariais da área da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, que representam mais de 15.000 empresas, 85.000 postos de trabalho e um volume de negócios superior a 10 mil milhões de euros.

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Estão presentes nos órgãos sociais do CERC as associações empresariais: ACIBA – Associação Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira; ACIFF – Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz; ADEC – Associação de Desenvolvimento Empresarial de Condeixa; AEC – Associação Empresarial de Cantanhede; AEDP – Associação Empresarial de Poiares; AEM – Associação Empresarial de Mira; AEPS – Associação Empresarial da Pampilhosa da Serra; AESOURE – Associação Empresarial de Soure; AESL – Associação Empresarial Serra da Lousã; APBC – Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra; CEMC – Clube de Empresários de Miranda do Corvo e NEP – Núcleo Empresarial de Penela.

Na cermónia, que decoreu na Casa das Artes de Miranda do Corvo, o primeiro presidente do CERC defendeu uma maior capacitação do porto da Figueira da Foz para que seja competitivo nos próximos anos.

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“Para isso, precisa de aumentar o calado, o espaço de manobra da bacia para acolher barcos com maior capacidade e com isso servir toda esta região que possa estar dependente do porto da Figueira da Foz”, disse Nuno Lopes, lembrando que aquela infraestrutura já foi a terceira maior do país.

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Aos jornalistas, o dirigente associativo, que lidera também a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, salientou que urge igualmente “capacitar a linha férrea de melhores condições e algumas estruturas rodoviárias do interior da região”, com destaque para o IP3 (Coimbra/Viseu) e IC6 (pensado para ligar Penacova/Covilhã).

Segundo Nuno Lopes, o CERC assume-se como “o reforço da Câmara do Comércio e Indústria do Centro no que diz respeito à defesa dos legítimos interesses e direitos da região de Coimbra”.

Num desafio deixado às entidades que tutelam os dinheiros públicos, o presidente do CERC frisou que é estratégico para a região uma boa otimização dos fundos provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030.

“Os investimentos públicos são muito importantes, mas investir nas empresas é garantir o retorno para as finanças públicas através da criação de valor e é ter trabalho ativo em Portugal e garantir o futuro das gerações vindouras”, salvaguardou.

E deixou ainda um apelo: “Usem a nossa proximidade territorial e o conhecimento dos nossos empresários para desenvolver planos de ação que vão ao encontro das necessidades reais das nossas empresas”.

Na sua intervenção, o presidente do CERC defendeu que a inovação e a partilha de conhecimento “são a resposta para muitos dos problemas”, pelo que a nova associação pretende “envolver o meio académico e o tecido empresarial, colocando a investigação ao serviço do desenvolvimento socioeconómico da região”.

“Queremos reter os nossos talentos e combater a baixa demográfica, para isso contamos com a Comunidade Intermunicipal [da Região de Coimbra], através dos municípios para nos darem os devidos apoios territoriais”, disse.

Salientando que a região está a perder competitividade, Nuno Lopes disse que o CERC quer “mudar esse paradigma” e que, para isso, “é preciso estar unido e defender a uma só voz os interesses do território”.

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