Ao mesmo tempo que a tecnologia permite obter um crédito de forma cada vez mais rápida e eficiente, aumentam também as tentativas de burla na Internet. Saiba como deve agir para se proteger das burlas de crédito.
Com a subida dos preços dos bens alimentares e o aumento da taxa de juro no crédito habitação, as famílias portuguesas enfrentam novos desafios de liquidez financeira. A solução, muitas vezes, passa por procurar créditos pessoais que lhes permitam fazer face a despesas inesperadas ou comprar bens necessários (como um eletrodoméstico novo ou o material escolar).
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A tecnologia tem vindo a simplificar as finanças pessoais e o pedido de crédito não é exceção. Hoje em dia, é possível pedir um empréstimo através do telemóvel ou computador, sem sair de casa, e ter o dinheiro disponível em apenas algumas horas. Mas será seguro?
Neste artigo, explicamos como evitar burlas de crédito e garantir a sua segurança ao realizar um pedido de empréstimo pela Internet.
3 sinais de alarme que indicam que pode estar perante uma burla de crédito
Antes de mais, é preciso esclarecer: é possível pedir um empréstimo pela Internet sem cair numa burla. Existem, atualmente, várias instituições financeiras reconhecidas e autorizadas pelo Banco de Portugal para atuar no mercado português (online e tradicional) enquanto entidades de crédito. Estas são seguras e o seu funcionamento está de acordo com a regulamentação.
Mas, então, como distinguir uma burla de uma proposta credível de empréstimo? Existem alguns sinais de alarme:
1. Não há pedido de documentação
Analise a oferta: é-lhe dito que consegue ter o crédito sem apresentar nenhuma documentação? Se sim, desconfie. Embora o crédito pessoal se caraterize por ser menos burocrático e requerer a apresentação de menos documentos, será sempre necessário apresentar comprovativos de que consegue pagar as prestações mensais.
As entidades que disponibilizam empréstimos pessoais pedem habitualmente alguns documentos do cliente, tais como o cartão do cidadão, um recibo de vencimento recente e um comprovativo de IBAN, entre outros. Não necessitará desta documentação para fazer a simulação de um crédito pessoal rápido (e saber quanto ficaria a pagar se pedisse determinado valor), mas precisará de a apresentar para iniciar o processo.
2. É necessário fazer pagamentos antes de finalizar o processo
O segundo sinal de alerta é quando lhe pedem o pagamento de taxas e comissões antecipadas. Nenhuma entidade de crédito regulada lhe irá pedir que efetue pagamentos antes de ter o pedido aprovado. Todas as taxas e custos extra (como comissões de manutenção e de abertura de processo) são-lhe apresentadas na Ficha de Informação Normalizada (também conhecida por FIN), que tem de ser assinada por si para que o processo de pedido de crédito seja finalizado.
3. Não são disponibilizadas informações sobre a empresa
Um factor comum às empresas fraudulentas é que estas disponibilizam pouca informação sobre si mesmas. Se não consegue encontrar uma morada física, o número de telefone ou outro tipo de contacto, tenha precaução antes de iniciar qualquer processo. Procure obter feedback sobre esta empresa em websites como o Portal da Queixa, onde os consumidores podem deixar as suas reclamações.
Por fim, reforçamos a ideia de que todas as entidades de crédito, em Portugal, se submetem à regulamentação do Banco de Portugal e devem constar da lista de entidades autorizadas. Ao pedir crédito a uma entidade que não consta desta lista, corre o risco de:
- Pagar taxas muito mais elevadas do que as praticadas no mercado;
- Ser alvo de métodos agressivos de cobrança de dívidas;
- Perder o dinheiro disponibilizado para pagamento de taxas e comissões antecipadas.
Como proceder se for vítima de burla de crédito?
É possível pedir um crédito pessoal rápido online, a uma entidade reconhecida pelo regulador financeiro, com máxima segurança e pagando os juros em vigor no mercado. No entanto, deve manter-se atento aos sinais acima descritos para detetar situações de possível burla – e evitá-las.
Caso se aperceba de que está a perante uma burla, contacte o Banco de Portugal e apresente queixa junto da PSP, da GNR, da Polícia Judiciária ou do Ministério Público.
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