Comerciantes querem Lampadário no Panteão Nacional

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 27-02-2018

O presidente da  Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC revelou num encontro com comerciantes que o Mosteiro de Santa Cruz pode vir a acolher um Lampadário.

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ps santa cruz

O que é um Lampadário? Fomos ver ao dicionário Priberam. Eis a resposta: É Suporte vertical que sustenta um conjunto de lâmpadas.

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Vítor Marques avançou com esta sugestão, ao concluir que, após “várias reuniões”, a instalação de uma guarda de honra em frente ao Mosteiro de Santa Cruz, ao lado da Câmara Municipal,   onde estão os restos mortais de D. Afonso Henriques, seria de difícil execução face aos custos “brutais para o Exército”.

Recordamos que Jaime Ramos, candidato à liderança da CMC em 2017,  também tinha defendido que o túmulo do primeiro rei de Portugal, no Mosteiro de Santa Cruz (e Panteão Nacional) tivesse guarda de honra. “Tenho a certeza absoluta que se D. Afonso Henriques estivesse enterrado em Lisboa teria guarda de honra diariamente e não é por ele estar em Coimbra que deixa de ter esse direito” e que portugueses lhe devem essa homenagem, sustentou.

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Assim, para que o monumento nacional possa ter um “chamariz” que atraia mais visitantes à Baixa de Coimbra,  Vítor Marques propôs a instalação o lampadário, à imagem daquele que existe no Mosteiro da Batalha e que foi “construído por um grande artista do ferro de Coimbra, Lourenço Chaves Almeida”.

“No dia 9 de Abril de 1921 foram conduzidos para o Mosteiro da Batalha, Templo da Pátria, os dois Soldados Desconhecidos, vindos da Flandres e da África Portuguesa representando os gloriosos mortos das expedições enviadas aos referidos teatros de operações e simbolizando o sacrifício heróico do Povo Português.”

Desde o final do século XIX que em relação ao Mosteiro da Batalha, um conjunto de motivos de caráter cultural e mental lhe ditaram uma leitura histórica de referência nacionalista e celebrativa que justificou, mais tarde, ter sido escolhido para fiel guardião do Soldado Desconhecido, tornando-se cenário de patrióticas visitas, qual santuário votivo da alma nacional.

Sepultado sob a arrojada abóbada da Casa do Capítulo e alumiado pela “Chama da Pátria” do Lampadário Monumental, da autoria de Lourenço Chaves de Almeida, o seu túmulo tem Guarda de Honra e a proteção do mutilado “Cristo das Trincheiras” que no território de Neuve-Chapelle, na Flandres foi companheiro constante das tropas portuguesas.

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Este Encontro de Comerciantes teve como finalidade a discussão de assuntos relevantes para Baixa de Coimbra, o que aconteceu durante 150 minutos, no Salão Brazil, com a presença de quase 40 empresários

Ficaram a saber que APBC vai lançar um concurso para apoiar a instalação de 20 empresas da área das indústrias culturais e criativas no centro histórico.

Até dezembro as empresas têm de estar instaladas na Baixa de Coimbra, sublinhou Vítor Marques, referindo que o projeto é apoiado por fundos comunitários.

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Durante o encontro de comerciantes, Vítor Marques mostrou-se apreensivo relativamente às lojas que estão a encerrar no centro histórico. 

Entre palavras de esperança e motivação, foram feitos apelos para os comerciantes acreditarem que o seu estabelecimento pode ser ou vir a ser “uma “loja âncora”.

Não se pode ficar à espera de lojas das grandes marcas, até porque a maioria não quer vir, mas o líder da APNC não desiste e continua a diligenciar no sentido que elas se instalem nesta área.

A programa para 2018 vai incluir uma boa parte dos eventos que já fazem parte da tradição, como os momentos grastronómicos dedicados ao festas do Bacalhau, ao Galo e à Sardinha.

Um evento fotográfico na Rua da Sofia é uma das novidades anunciadas para a programação até ao final do ano

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A Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra tem sobrevivido graças ao apoio da Câmara Municipal de Coimbra (CMC).

No entanto,  comerciantes presentes no Salão Brazil criticaram a postura da município, acusando a câmara de não promover, limpar e iluminar esta área de Coimbra.

A CMC, mentora, associada e praticamente a única fonte de receita da APBC, não se fez representar no encontro que durou cerca de duas horas e meia, ausência que não agradou aos comerciantes.

A APBC tem apenas 70 associados, que pagam, quando pagam, apenas 10 euros por mês, pelo que as actividades que desenvolve dependem do apoio municipal, que no último ano foi superior a 50 000,00 euros.

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