Coimbra

Coimbra vai manter programação do Convento São Francisco na esfera da Câmara

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 31-10-2022

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, que tinha defendido um modelo de gestão autónoma para o Convento São Francisco, recuou na decisão e afirmou hoje que a programação daquele espaço será assegurada internamente.

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O presidente do município, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt), afirmou hoje, numa reunião do executivo, que o Convento São Francisco continuará a ter uma gestão direta por parte da autarquia, depois de ter defendido um modelo de gestão autonomizado durante a campanha e no anterior mandato, em que esteve na oposição.

Questionado pela agência Lusa sobre este recuo, José Manuel Silva justificou que tomou conhecimento de um estudo encomendado e pago pelo anterior executivo (liderado pelo PS), que não foi disponibilizado aos vereadores da oposição, em que as conclusões “não são inequívocas nas vantagens de empresarializar o Convento São Francisco”.

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“Entretanto, promovemos várias alterações relativamente à área da cultura e do próprio Convento São Francisco, e, com a reorganização da estrutura da Câmara, temos outra capacidade de resposta e outra qualidade em termos da programação da Câmara Municipal. Entendemos, nesta fase – algo sempre sujeito a avaliação -, manter a programação com a atual estrutura que temos no Departamento de Cultura e Turismo, que engloba um novo diretor de departamento e um novo chefe de divisão”, frisou.

Segundo José Manuel Silva, com duas novas pessoas à frente das estruturas culturais da Câmara há uma “nova capacidade de programação interna da Câmara” que é suficiente.

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O presidente da Câmara recusou também o modelo seguido pelo anterior executivo, que, apesar de ter uma estrutura dentro do município para o Convento São Francisco, recorria a ajustes diretos para a figura de programador daquele espaço cultural, que tinha um custo “de sete mil euros por mês”.

“Neste momento, com as competências internalizadas na Câmara, acreditamos que temos qualidade suficiente para manter a programação internalizada, sem despesa adicional. Mas, se porventura, nalgum momento, se vier a revelar que este não é o melhor modelo, estaremos disponíveis para mudar”, vincou.

A resposta surgiu na sequência do debate da proposta da nova estrutura flexível da Câmara de Coimbra, em que a vereadora socialista Carina Gomes, que assumiu o pelouro da Cultura no anterior mandato, criticou as “contradições entre a retórica e a prática” por parte do presidente.

A proposta de estrutura flexível também motivou críticas do PS no que toca ao aumento do número de departamentos e divisões, com a vereadora Regina Bento a afirmar que a atual proposta, que contou com as abstenções do PS e da CDU, terá um aumento de custos de um milhão de euros.

José Manuel Silva sublinhou que foi necessário alterar a estrutura para “aumentar a capacidade de resposta” do município, tendo como filosofia a criação de departamentos que não tivessem mais do que duas grandes áreas temáticas.

Na proposta apresentada, o gabinete de apoio às freguesias passa a divisão, foi criado um gabinete de relações institucionais e internacionais, outro de comunicação e marketing (agora separado do protocolo) e um gabinete de arqueologia.

Na área da mobilidade, é criado um departamento de raiz, com uma divisão de planeamento e gestão de redes de transportes, e outro, já anunciado, centrado no ambiente e sustentabilidade.

No departamento de tecnologias de informação, passa a existir uma divisão dedicada à inovação nos transportes.

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