Coimbra

Coimbra tem em curso processo para reforçar câmaras de vigilância na Baixa

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 meses atrás em 19-02-2024

O município de Coimbra tem em curso um processo para reforçar câmaras de vigilância na Baixa da cidade, afirmou hoje o presidente da Câmara, vincando, no entanto, que a ideia de um clima de insegurança naquela zona “é exagerado”.

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“Vamos reforçar [as câmaras de vigilância na Baixa]. O processo está a decorrer, vamos fazer um investimento que penso que é de 400 mil euros em câmaras de vigilância na Baixa, mas todo o processo é burocraticamente lento”, afirmou José Manuel Silva, durante a reunião do executivo de hoje.

Segundo o autarca, foi feito já um estudo para serem colocadas “mais câmaras” naquela zona da cidade, referindo que a localização das câmaras “foi pessimamente mal feita no passado”, sendo possível “entrar e sair da Baixa tranquilamente sem se ser visto pelas câmaras”.

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José Manuel Silva vincou que o estudo está feito, aguardando apenas o desenrolar do processo, que “avança devagar”, sendo necessária autorização da Comissão Nacional de Proteção de Dados.

O presidente da Câmara de Coimbra falava após a vereadora do PS Regina Bento ter chamado a atenção para uma carta anónima, que diz ser assinada por “empresários e empresárias” da Baixa de Coimbra, que alerta para um clima de insegurança naquela zona da cidade.

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“Relativamente ao clima de insegurança na Baixa de Coimbra, é exagerado”, notou José Manuel Silva, considerando que esse tipo de declarações se tornou quase numa obrigação que prejudica “a própria Baixa” e a sua imagem.

A vereadora Regina Bento tinha pedido à Câmara uma intervenção através da Polícia Municipal, que José Manuel Silva desconsiderou por não terem “competências de segurança ou de investigação”.

“As questões de segurança dizem respeito às forças de segurança, que no concelho são a PSP e a GNR, que dependem do Governo, e que têm efetivos insuficientes”, vincou o presidente da Câmara.

Ainda no período antes da ordem do dia, os vereadores do PS apresentaram uma moção para a atribuição do nome do antigo vereador da Câmara de Coimbra, o socialista Carlos Cidade (que morreu em 2022), ao Centro de Formação de Lançadores – Escola de Atletismo de Coimbra, equipamento com áreas de lançamento e uma zona para saltos que deverá ser inaugurado em breve, na freguesia de Almalaguês.

O antigo vereador, que tinha a pasta do desporto no anterior executivo, foi o impulsionador daquela obra, iniciada em 2021.

O presidente da Câmara considerou que não poderia votar a favor da moção, por o PS estar a impor um nome àquele centro, cuja propriedade não é do município, mas do Centro Popular de Trabalhadores do Sobral de Ceira.

“Tratando-se de um clube e de instalações particulares, a Câmara não tem o direito de impor nomes. […] Esta é uma forma de pressionar uma decisão que não respeita sequer a memória do doutor Carlos Cidade, que nos merece todo o respeito e que merece ser tratado de outra maneira”, disse, sugerindo a retirada da moção do PS.

O vereador socialista Hernâni Caniço vincou que a moção era uma “proposta” e não uma exigência perante o clube detentor do equipamento.

José Manuel Silva, na resposta, considerou que, quando o equipamento não é municipal, a iniciativa terá de partir “das instituições e das pessoas”, criticando o facto de o clube não ter sido ouvido.

Após o vereador da CDU, Francisco Queirós, também ter criticado a proposta, por o clube não ter sido ouvido, o PS acabou por retirar a moção.

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