Coimbra

Coimbra: Ministro da Economia quer empresas adaptadas gradualmente às mudanças ambientais

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 14-10-2022

O ministro da Economia, António Costa Silva, defendeu hoje em Coimbra que as empresas devem adaptar-se às exigências da sustentabilidade ambiental, frisando, contudo, que terão de o fazer paulatinamente para acautelarem o seu futuro.

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António Costa Silva alertou que a Terra “está a enfrentar a sexta extinção em massa”, por responsabilidade da espécie humana, apesar de esta deter “uma posição mínima da História do planeta”.

O ministro intervinha na cerimónia de abertura do Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre hoje e no sábado no Convento de São Francisco, na margem esquerda do rio Mondego, com a presença de mais de mil participantes.

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“Não vai haver futuro para as empresas que não apostem na sustentabilidade”, advertiu, frisando que as economias enfrentam um contexto internacional com dificuldades acrescidas, associadas à instabilidade ambiental e aos novos conflitos.

Devido à guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com a invasão do país pelas tropas russas, “estamos a entrar num mundo novo”, que vem substituir um mundo que tinha “baixas taxas de inflação”, disse.

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A propósito, António Costa Silva citou o filósofo marxista italiano Antonio Gramsci (1891-1937), para enfatizar que “o mundo novo está a desaparecer”, enquanto “neste mundo cinzento crescem os monstros”.

Face aos atuais problemas mundiais, criados pelas alterações climáticas e pela guerra, Portugal “tem de trabalhar, também em conjunto com a União Europeia”, para ajustar as suas políticas à nova realidade.

Porém, preconizou, “sem pôr em perigo a vida das nossas empresas”, as quais são agora desafiadas a “adotar de forma gradual” estratégias inovadoras que não acarretem “efeitos perversos”.

Anunciada a presença do Presidente da República para a abertura do Congresso da AHRESP, dedicado ao tema “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência”, Marcelo Rebelo de Sousa não pôde comparecer, tendo sido exibido um vídeo com a sua saudação.

O Chefe de Estado lembrou que a pandemia da covid-19, “de repente, congelou a nossa vida”, sobretudo em 2020 e 2021, e que agora a economia nacional, tal como noutros países, é afetada pelo aumento do preço da energia e dos custos de produção, havendo ainda falta de mão-de-obra em diversas áreas, designadamente no turismo.

Marcelo Rebelo de Sousa enviou aos congressistas “um abraço solidário e amigo em nome de todos os portugueses”.

Na abertura dos trabalhos, intervieram ainda o presidente da direção da AHRESP, Carlos Moura, o vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Veiga, e o presidente da Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado.

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