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Coimbra da UNESCO comemora 1 ano por tudo e por nada

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 13-06-2014

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Coimbra comemora com concertos no que resta do centro histórico da cidade e com o descerramento de uma placa a assinalar a data, nos dias 21 e 22, um ano de classificação como Património Mundial da UNESCO!

Foi para nos dar esta notícia que Clara Almeida Santos, em representação da UC e Carina Gomes, em nome da CMC nos chamaram para uma conferência de imprensa no Jardim da AAC, onde  estava Bruno Matias, o Presidente da casa que fez as honras da dita.

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Representantes da Associação para a Promoção da Baixa de Coimbra (quem paga as quotas da ACIC)  e do Jazz ao Centro (parceiros para quase tudo da Câmara e Universidade) completavam o painel de oradores que teve como pano de fundo o mural de Abel Manta.

Sim, é esse mesmo, aqueles “azulejos” abandonados junto ao lago, junto a uma lixeira! Um caso de negligência de várias direcções da Associação Académica,  que deixaram transformar aquele canto das suas instalações num sítio pouco aprazível para tirar selfies.

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Na ausência de ideias mais criativas, Coimbra Património Mundial da UNESCO vai integrar a ação de limpeza daquele pedaço de terra na comemoração do seu 1º aniversário, o que sendo um bom exemplo de boas práticas, é manifestamente pouco para justificar tanta propaganda, mesmo que consigam “sensibilizar os estudantes para a conservação e valorização do património”, como deseja  Clara Almeida Santos, vice-reitora da Universidade de Coimbra.

Quanto às comemorações, direccionadas para um pequeno nicho da população, como quase tudo o que vem daquelas bandas, no dia 21 vamos a uma mesa redonda intitulada “Ideias de Cidade, Apropriação Criativa do Património”, no Colégio das Artes e no dia 22 prometemos fotos do descerramento da placa da UNESCO na Via Latina.

O “invento” do primeiro aniversário da classificação de Coimbra como Património Mundial da UNESCO, um verdadeiro hino ao que não saiu do papel durante 365 dias,  conta com sete concertos  que pretendem interpretar “o arquivo sonoro do Centro Histórico” da cidade, avançou José Miguel Pereira, do Jazz ao Centro, sendo que alguns artistas contratados têm tanta notoriedade como a “cidade unesca” tem nos Santos Populares, mas há excepções que confirmam a regra, mesmo que não se saiba quantos vão custar os foguetes e apanha das canas.

Carina Gomes, vereadora da Câmara de Coimbra, sublinhou que a autarquia está a realizar “um esforço” para que haja uma reabilitação da Alta e Baixa de Coimbra, anunciado mesmo uma descida do valor do IVA para quem construa na área, considerando que a classificação é uma oportunidade para se “melhorarem as condições físicas e sociais da cidade”, o que até agora é uma realidade virtual, como pode ver quem queira viver na sombra da Universidade.

Quanto ao que interessa, sobretudo algo que seja material, já que para imaterial basta o poder de D. Sesnando,   basta referir que quem manda nesta Coimbra da UNESCO é tão céçere e eficaz que nem sequer conseguiu colocar sinalética adequada na cidade ou nas saídas das Auto Estradas como não teve a arte de colocar  um simples autocolante na Feira de Turismo de Lisboa, onde podia utilizar gratuitamente o stand da Turismo do Centro para mostrar aos agentes de turismo, factos que servem para ilustrar uma notícia a cores numa cidade que gira entre o preto, o  branco e o cinzento.

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