Coimbra

Coimbra: Ameaçava, agredia e violava namorada por não acatar ordens 

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 8 meses atrás em 18-08-2023

Um homem de 32 anos vai ser julgado no Tribunal de Coimbra por agredir e violar a namorada durante anos.

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O arguido está acusado de “pornografia de menores, duas violações agravadas, uma de violência doméstica contra a companheira”, escreve o Diário de Coimbra.

Tudo acontece em 2020, quando o homem e a vítima se conhecem na aplicação KIK, segundo dá conta o Ministério Público. O agressor dizia ter 17 anos, quando na verdade teria 24. Ganhou a confiança da jovem que tinha 15 anos e mais tarde, chegaram a ser partilhados “vídeos sadomasoquistas” e pedia que esta enviasse vídeos íntimos seus, caso não o fizesse, contaria tudo à mãe da rapariga e divulgava o conteúdo enviado.

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Esta, com receio, acatou as ordens. No entanto, passado alguns meses, a jovem descobre que o perfil do arguido é falso. Contudo, não foi impeditivo para que o contacto se mantivesse entre ambos.

Entre conversas, a jovem contou que tinha sido vítima de violência doméstica por parte de três colegas quando frequentava o 12º ano letivo. Mais tarde, conta a acusação, tornou-se agressivo e chegou mesmo a relatar o que tinha feito a uma ex-companheira ao ponto de a deixar “estendida no chão”.

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Marcaram um encontro num café em Pombal. A partir daí, as visitas começaram a ser regulares e em Coimbra, local onde a vítima estudava e vivia. O arguido deslocava-se à cidade aos fins-de-semana , uma vez que era de Matosinhos.

O Ministério Público descreve que o homem já tinha comportamentos agressivos no início da relação. Começou a dar ordens à rapariga, agora com 23 anos, sobre como “se vestir, apresentar e comportar”, se não o fizesse “bater-lhe-ia até ficar inconsciente”.

Mais tarde, sugere a gravidez e inclusive o suicídio de ambos, ou até mesmo que a matava e depois tirava a sua própria vida, tudo para “ficarem juntos para sempre”. Ainda obrigava a vítima a ter relações sexuais sem o seu consentimento. As violações aconteceram num motel em Pombal e num hotel conimbricense. Estas práticas vinham no seguimento de a jovem não cumprir as ordens do agressor.

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