Coimbra

Coimbra alerta que “ideais do 25 de Abril continuam por cumprir”

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 25-04-2023

“Os ideais do 25 de Abril continuam por cumprir e quão urgente é proceder a uma reflexão política sobre o presente e o futuro do país”, disse, esta terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, na sessão evocativa da Revolução dos Cravos.

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No seu discurso, José Manuel Silva alertou para “o recrudescimento de novos extremismos e para a crise demográfica, avançando que todos têm a obrigação de refletir sobre o que se está a fazer com o 25 de Abril”, salientando que “os extremos políticos radicais e intolerantes só crescem quando a corrupção da democracia começa a desencantar profundamente o povo”.

“O 25 de Abril exige-nos muito mais do que cantarmos a democracia e a liberdade, exige-nos muito mais do que palavras e discursos inflamados e melodiosos, exige-nos muito mais do que protestos orais e boas intenções, o 25 de Abril exige-nos ética, coerência,
responsabilidade, justiça, educação, saúde, meritocracia, luta eficaz contra a corrupção, resultados sociais e económicos concretos, oportunidades para todos e todas, trabalho árduo para construirmos um país melhor e com menos desequilíbrios”, salientou o autarca.

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O edil recordou, ainda, António Arnaut, co-criador do SNS, que, pelo seu elevado sentido de ética republicana, se afastou da política por não querer participar nem usufruir dos excessos que observou nos subterrâneos do poder, onde o sol se faz sombra”.

Para Luís Marinho, presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, “o 25 de Abril não se reduz a uma data histórica, é uma ideia plural, uma utopia partilhada, um sonho tranquilo de um Portugal melhor e será sempre um caminho a percorrer”.

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O líder da bancada do Partido Socialista evocou Carlos Cidade, lembrando a sua dedicação à causa pública que lhe é justamente reconhecida”.

Ferreira da Silva disse que se vive “momentos de crise de valores democráticos cujas causas se podem encontrar na incapacidade revelada de realizar, de cumprir promessas que encantaram munícipes”, frisando que “as grandes decisões políticas desta Câmara e que
envolvem grandes recursos municipais, sejam tomadas mais no benefício de interesses individuais ou de grupos privados, do que em benefício do interesse coletivo.

O socialista sublinhou que “é altura de libertar o 25 de Abril dos exemplos negativos que a liberdade  trouxe e amarrá-lo ao futuro de uma democracia de qualidade”.

Graça Simões do Movimento Cidadãos por Coimbra frisou, no seu discurso, “que o fascismo continua entranhado nos modos de governar autoritários, de desprezo pelas minorias, pelo povo, cada vez mais mais ancorados em tecnologias demagogicamente neutras para afastar alternativas”.

Manuel Rocha da CDU sublinhou que “foi o 25 de Abril quem abriu, de uma assentada, as portas da liberdade e aquelas que dão para o Praça 8 de Maio”, referindo ” que quase 50 anos depois, permanece a promessa transformadora, inscrevendo os direitos laborais na luta contra a desigualdade, no país em que um quinto dos trabalhadores não consegue sair da pobreza” .

Nunes da Silva, do Grupo Municipal Nós Cidadãos, sublinhou que “há 49 anos a democracia trouxe direitos fundamentais, mas também deveres e maior responsabilidade individual e coletiva e quem governa tem a obrigação de procurar afincadamente melhorar as condições de vida de todos”.

No seu discurso Hugo Oliveira do CDS-PP lembrou que o 25 de Abril trouxe “uma democracia estável e um povo ímpar”.

Nesta sessão solene comemorativa do 25 de Abril, decorreu a entrega do Prémio de Fotografia Varela Pècurto.

Veja o vídeo:

 

 

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