Coimbra

Coimbra: 50 clientes da APPACDM agora são ativistas dos direitos humanos

Notícias de Coimbra | 7 meses atrás em 16-10-2023

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) de Coimbra desenvolveu um programa pioneiro, na instituição e a nível nacional, que capacitou 50 dos seus clientes para se tornarem ativistas dos direitos humanos.

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Estes 29 homens e 21 mulheres receberam formação sobre defesa de direitos humanos e desenvolvimento da empatia no relacionamento humano para perceberem e sentirem o ponto de vista do outro. Após a fase de formação, o grupo foi ouvir pessoas sem deficiência intelectual, portuguesas e migrantes, sobre as violações que sofreram dos seus direitos.

Desta auscultação resultou uma campanha, destinada às redes sociais. A campanha “Todos nós, Uma voz” consiste nos clientes da APPACDM Coimbra verbalizarem os testemunhos reais de pessoas sem deficiência intelectual. Por intermédio de 20 imagens/vídeos, elementos deste grupo da APPACDM Coimbra agora empenhado na defesa dos direitos humanos surgem, caraterizados, a dar voz às vítimas de abusos de direitos humanos.

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A iniciativa da APPACDM Coimbra, que tem o apoio do Instituto Nacional para a Reabilitação, irá também chegar às escolas, onde os 50 novos ativistas dos direitos humanos irão orientar workshops sobre o tema. Por último, será ainda desenvolvida uma tertúlia sobre Direitos Humanos. 

“Continuamos a acreditar que a inclusão das pessoas com deficiência e o respeito pelos seus direitos e liberdades fundamentais decorrem como corolário de uma sociedade mais humanista onde todos devemos ser valorizados pelo que somos, independentemente dos padrões de normalidade que muitas vezes se traçam artificialmente.  Ao serem ativistas dos direitos humanos os nossos clientes ganham uma maior consciência sobre os seus próprios direitos, ficando alerta para a sua possível violação”, começa por destacar Helena Albuquerque, presidente da APPACDM Coimbra.

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“E não é apenas a tomada de consciência. Eles agora serão vozes ativas na defesa dos direitos humanos, para eles e para todas as pessoas, e também percebem que não são apenas as pessoas na sua condição que são vítimas. Qualquer um pode ser. A outra componente de grande relevo é estas pessoas irem ensinar jovens alunos. É um daqueles projetos em que todos saem a ganhar”, acrescenta. 

“Por vezes parece que estes temas são algo repetitivos ou que já não fazem assim tanto sentido em pleno século XXI. Mas, infelizmente, a humanidade continua a dar-nos demasiados exemplos de desrespeito dos direitos humanos, o que torna esta defesa e ativismo em necessidades universais e sempre atuais”, conclui a presidente da APPACDM Coimbra. 

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