Desporto

Clube brasileiro adota nome do FC Mariupol para “mantê-lo vivo”

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 25-04-2023

 Um clube de futebol do sul do Brasil adotou o nome, o emblema e as camisolas do FC Mariupol, que deixou de existir em 2022, devido à ocupação russa da cidade no leste da Ucrânia.

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A Associação Atlética Batel, que atualmente disputa a terceira divisão do estado do Paraná, disse na segunda-feira que vai tentar proteger a herança da equipa ucraniana “até que ela possa voltar para casa”.

O clube explicou nas redes sociais que a decisão é uma forma de permitir que o FC Mariupol continue a existir. “Vamos manter a equipa viva. Vamos deixar as cores ainda mais vivas”, acrescentou.

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A Associação Atlética Batel tem sede em Guarapuava, cidade da região de Prudentópolis, onde cerca de 75% dos 52 mil habitantes são descendentes de emigrantes ucranianos.

“Esta é a maior comunidade ucraniana da América Latina e é ela que vai adotar o FC Mariupol até que a equipa volte a jogar na sua terra natal”, acrescentou o clube.

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O FC Mariupol fechou portas há quase um ano depois das instalações e do estádio terem sido danificados pelo bombardeamento russo de Mariupol, cidade que esteve sob cerco das forças russas.

No sábado, o antigo vice-presidente do FC Mariupol tinha dito numa conferência de imprensa virtual que as pessoas ligadas ao clube estavam “muito emocionadas e gratas pela iniciativa”.

“Ter uma equipa no país do futebol, do outro lado do mundo, a lutar para manter o nosso nome vivo neste período negro da nossa história deixa-nos sem palavras”, disse Andriy Sanin.

Na mesma conferência de imprensa, o presidente da Batel, Alex Lopes, lembrou que a Ucrânia sempre abriu as portas aos jogadores de futebol brasileiros e defendeu caber agora ao Brasil retribuir o gesto.

Durante uma visita a Pequim, este mês, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a postura dos Estados Unidos e da UE em relação à invasão russa da Ucrânia.

Lula da Silva advogou que Washington e os 27 estavam a alimentar o conflito e, mais tarde, rejeitou escolher um lado por considerar que faz parte de uma terceira via, apenas interessada na paz.

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