Política

Chega quer que Governo diga se mantém confiança na secretária de Estado da Proteção Civil

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 23-08-2022

O Chega propôs uma interpelação ao Governo no parlamento, para que o ministro da Administração Interna dê explicações sobre as falhas no combate aos incêndios e diga se mantém a confiança na secretária de Estado da Proteção Civil.

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Em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, o presidente, André Ventura, anunciou que “o Chega pediu uma interpelação ao Governo” para que o ministro José Luís Carneiro “responda no parlamento à falha sucessiva de coordenação no combate aos incêndios”.

Num requerimento endereçado ao presidente da Assembleia da República, e divulgado hoje aos jornalistas, o partido de extrema-direita defende que o Governo “deve prestar esclarecimentos sobre o que falhou e o que poderia ter corrido melhor, se os recursos estão a ser devidamente alocados, se quem está no terreno tem todos os meios para fazer o seu trabalho”.

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E aponta que “a rede SIRESP continua com falhas graves de comunicação, o que coloca em causa a segurança dos bombeiros”.

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Aos jornalistas, André Ventura defendeu ser necessário também que o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, “clarifique se mantém ou não a confiança em Patrícia Gaspar e se mantém a confiança na sua estrutura de comando operacional da Proteção Civil depois de tudo o que estamos a ver ao longo destes dias”.

Em entrevista à SIC Notícias na sexta-feira, a secretária de Estado da Proteção Civil afirmou que, face à “severidade meteorológica”, os “algoritmos e dados dizem que a área ardida” deveria “ser 30% superior” e considerou que, “apesar da complexidade, o dispositivo tem estado a responder bem”.

Para o partido, estas foram declarações “distorcidas e disparatadas” e “especialmente graves” e Patrícia Gaspar “vem de erro em erro até provavelmente à desgraça final”.

O líder do Chega espera que “seja das primeiras iniciativas” quando retomarem os trabalhos parlamentares, no início de setembro.

Questionado porque não pediu a demissão do ministro, face às críticas que apontou, Ventura disse querer “dar uma oportunidade ao Governo de explicar estas declarações”.

Na segunda-feira, André Ventura tinha anunciado que o partido iria “marcar, como direito potestativo”, um “debate de urgência ou de atualidade sobre a questão dos incêndios”. Hoje, o líder indicou que quer que esse debate também aconteça, e que não fica colocado em causa com esta interpelação.

 

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