Política

Chega quer Estado como fiador para jovens comprarem primeira habitação

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 08-02-2024

O Chega vai propor que o Estado funcione como fiador para os jovens poderem comprar a sua primeira casa bem como uma simplificação do licenciamento para a construção de novas habitações.

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O objetivo é que o Estado assegure uma “garantia dos empréstimos bancários dos jovens para aquisição da primeira casa própria e permanente”, anunciou o líder do Chega, defendendo que “para um jovem que não tenha património pessoal ou familiar, ou que não tenha um património obtido por herança, é praticamente impossível garantir a entrada para uma casa”.

André Ventura apresentou hoje, na sede do partido, o programa eleitoral do Chega às eleições legislativas, numa intervenção de quase uma hora no final da qual não respondeu às perguntas dos jornalistas. O programa eleitoral também não foi, até ao momento, divulgado.

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“O Estado deve fazer o seu papel, com um contrato social de habitação em que será ele próprio o garante da habitação adquirida por estes jovens, com limites quer de rendimento, quer do valor do imóvel”, afirmou, sem especificar esses limites.

A proposta do Chega, disse, prevê que estas pessoas devolvam depois “esse valor ao Estado num prazo razoável, com um valor faseado ao longo do tempo”.

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Outra proposta anunciada pelo presidente do Chega no âmbito da habitação prende-se com um “programa de licenciamento simplificado para a construção de novas” casas.

André Ventura considerou que os “grandes problemas” na construção são o “excesso de impostos e a dificuldade, pelo excesso de burocracia, de obter um licenciamento”.

O presidente do Chega anunciou que o partido vai propor que a tributação para os senhorios seja de 10% quando fizerem contratos com alunos do ensino superior como forma de incentivo aos proprietários.

O Chega propõe uma recuperação faseada do tempo de serviço dos professores em “25% em cada ano ao longo dos próximos quatro anos”, o que representa um esforço “significativo”.

Na educação, Ventura defendeu a “redução dos currículos e horários escolares” e a reintrodução dos exames nacionais “no final dos três ciclos do ensino básico e no ensino secundário”.

O líder do Chega voltou também a falar na proposta já conhecida de querer equiparar as pensões mínimas ao valor do salário mínimo nacional em seis anos e explicou que quer fazê-lo de forma faseada.

“Primeiro, ao fim de três anos, uma aproximação do valor da pensão mínima com o do Indexante dos Apoios Sociais, e que ao fim de seis anos, este valor esteja então equipado ao salário mínimo”, afirmou.

Ventura estimou o custo da medida “entre sete e nove mil milhões de euros” e representa um “aumento da despesa face ao PIB de cerca de 7%” em seis anos, indicando que “é a proposta mais cara e com potencial mais disruptivo” do programa eleitoral do Chega.

E explicou que representa “aumento de cerca de 1,3% todos os anos em despesa face ao PIB”, argumentando que “é perfeitamente possível, fazível e deve ser um desígnio nacional”.

O presidente do Chega disse também que o partido quer “verdadeiros incentivos fiscais” para quem tem filhos “e proteger as mulheres na sua situação laboral, pessoal e fiscal”, por forma a promover a natalidade, mas não adiantou propostas concentras.

No que toca às Forças Armadas, indicou que o programa do Chega prevê que o investimento na Defesa chegue aos 2% do PIB no final da legislatura.​​​​​​​

André Ventura indicou ainda que o Chega “não vai perder a sua identidade” e que o programa eleitoral vai manter propostas como a prisão perpétua para “quem cometer crimes hediondos”, a reforma do sistema político e a redução do número de deputados, propostas que só podem avançar com uma revisão constitucional, que o líder assinalou que também é intenção do partido voltar a propor na Assembleia da República.

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