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CGTP diz que alteração nos cortes salariais não resolve o problema de fundo

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 15-11-2013

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse hoje, em Coimbra, que a alteração do limite mínimo (675 euros) para as reduções salariais “não resolve o problema de fundo” e que esta é “uma situação inadmissível”.

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O limite mínimo para as reduções salariais passa de 600 para 675 euros, de acordo com a proposta de alteração ao Orçamento do Estado de 2014 (OE2014) apresentada hoje, na Assembleia da República, pela maioria PSD/CDS-PP.

A alteração “não resolve o problema de fundo”, que “continua a estar nos cortes a partir dos 675 euros para todos os salários e para as pensões de reforma – isto é uma situação inadmissível”, sustentou o líder da CGTP, que falava aos jornalistas, ao final da tarde de hoje, à margem do IX Congresso da União dos Sindicatos de Coimbra.

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“O ano passado estávamos confrontados com uma medida que se dizia que era transitória (cortes salariais a partir de 1300 euros), agora os cortes já foram alargados aos 675 euros”, sublinhou.

O aumento do limite mínimo para os cortes em 75 euros pode abranger “alguns milhares de pessoas”, reconhece, mas “a maioria vai continuar a pagar”, salienta o dirigente sindical.

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“O problema de fundo não é se [o corte] começa em 600 euros, é outro: é considerar-se que, em Portugal, neste momento, homens e mulheres que têm salário de 675 euros ou pensões do mesmo valor são ricos” e serem “penalizados de uma forma brutal”, reduzindo os seus rendimentos e pondo “em causa o funcionamento da própria economia”, sustentou.

Para o dirigente sindical, esta situação “é vergonhosa” e demonstra que a crise não se resolve desta maneira.

O Governo aumentou os impostos, alegando que, desse modo, resolveria os problemas, mas “a sobretaxa do IRS de 3,5% mantém-se” e, como “já não chega, vai [cortar] aos salários”, critica Arménio Carlos.

Para 2015 já se prepara “o ataque que não será final, mas será semifinal, às funções sociais do Estado: mais cortes na saúde, na educação e na segurança social”, alerta o secretário-geral da CGTP, afirmando que “isto não vai parar a um sítio bom”.

O OE2014 “asfixia a economia, esmaga os rendimentos dos trabalhadores e dos pensionistas, mas, acima de tudo, exime ao emprego e generaliza o desemprego”, afirma Arménio Carlos, considerando que “este Orçamento de estado tem de ser rejeitado”.

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