Coimbra

Centro de Artes Visuais de Coimbra aposta na diversidade e ampliação de públicos

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 14-02-2023

A programação do Centro de Artes Visuais de Coimbra para os próximos quatro anos “é muito diversificada” e foi pensada para ampliar públicos numa cidade “avessa à arte contemporânea”, revelou hoje o diretor da instituição, Albano Silva Pereira.

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“Vamos trabalhar, nos próximos quatro anos, numa programação diversificada e que tem, sobretudo, um objetivo, que é o de ampliar os públicos. É muito difícil trabalhar com os públicos de Coimbra: Coimbra é avessa à arte contemporânea”, apontou o responsável, na conferência de apresentação da programação do novo ciclo de exposições.

Intitulado “a vida, apesar dela”, o novo ciclo de exposições vai decorrer entre 2023 e 2026, tendo Miguel von Hafe Pérez como curador responsável.

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Nesta ocasião, Miguel von Hafe Pérez, “um dos mais prestigiados curadores na arte contemporânea em Portugal”, debruçou-se apenas sobre a programação prevista para 2023, que arranca no dia 11 de março, com uma exposição que propõe que “artistas e obras falem de vida”.

Até dia 28 de maio, “Now Here, Nowhere”, de Victor Torpedo, sugere uma viagem fotográfica à mítica digressão que a banda Tédio Boys fez aos EUA, na década de 1990.

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“Penso que é uma exposição que vai trazer muita gente ao Centro de Artes Visuais, que está eventualmente um pouco arredada desta realidade. E o que se quer é que essa presença seja assídua e recorrente”, acrescentou.

Também em 11 de março, é inaugurada a mostra de fotografia dos anos 90 intitulada “Escuro”, de Luís Palma, que estará patente até 28 de maio.

“Vamos fazer também um trabalho sobre a coleção do Centro de Artes Visuais, que se vai centrar na questão do retrato e do autorretrato, que é uma das formas mais paradigmáticas dos autores que trabalham com fotografias criarem os seus percursos. A coleção é muito rica e vamos trazer mais algumas peças de coleções institucionais e privadas, para criar um diálogo que seja profícuo”, referiu.

Esta mostra poderá ser visitada de 17 de junho a 10 de setembro.

Já de 07 de junho a 10 de setembro, a proposta vai para a exposição de Inês Moura, uma artista de Coimbra que trabalha entre as áreas do desenho, fotografia e instalação.

Em setembro, chega “Des-silenciar”, de Judite dos Santos e Júlia Ventura, numa pretensão de o Centro de Artes Visuais dar “visibilidade a autores que não têm a visibilidade que merecem”.

A programação contempla ainda uma mostra de desenhos de Maria Capelo, de 23 de setembro a 02 de dezembro; bem como “Popalolo”, de Palolo, um nome referencial da arte portuguesa da segunda metade do século XX, que poderá ser vista de 16 de dezembro a 24 de março de 2024.

Ainda em dezembro é inaugurada a exposição de uma jovem artista do Porto: Dalila Gonçalves, “que vai responder muito bem ao contexto de encomenda e apresentação de trabalho novo”.

Miguel von Hafe Pérez anunciou ainda que pretendem realizar, até 2026, uma série de colóquios subordinados ao tema geral “Políticas de Gosto”.

“Será um colóquio anual, com vários momentos, onde se discutem a questão das políticas de gosto. Gostaria que fosse um colóquio onde participassem entidades ligadas ao Estado, autarquias, museus, artistas e galeristas, para uma espécie de balanço e de partilha de opiniões divergentes”, apontou.

A programação prevê ainda que a coleção do Centro de Artes Visuais “saia de portas e possa ter um encontro com a população em sítios menos esperados”.

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