Coimbra

Casa da Escrita de Coimbra “vira” Casa da Cidadania da Língua

Notícias de Coimbra | 11 meses atrás em 18-06-2023

Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA) anunciou que Coimbra vai ter uma Casa da Cidadania da Língua, cuja inauguração ocorrerá em outubro de 2023. 

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A “boa nova” chega através de “Jamil Chade, curador da Casa da Cidadania da Língua”, que destapa o véu que permite ver que a Casa da Escrita, na Rua João Jacinto, 8, dará lugar à Casa da Cidadania da Língua.

Nessa missiva, o “curador” anuncia que Coimbra “vai receber dezenas de intelectuais para debater o futuro da língua portuguesa e cria espaço inédito de cooperação”.

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Tendo em conta que nessa folha com “papel timbrado” da APBRA está plasmado que a Câmara Municipal de Coimbra é co-fundadora da Casa da Cidadania da Língua, Notícias de Coimbra quis conhecer os contornos deste “negócio” com a autarquia.

Questionado por Notícias de Coimbra, o Município de Coimbra confirma que “a Associação Portugal-Brasil 200 anos (APBRA) vai realizar na Casa da Escrita, entre os dias 23 de junho e 2 de julho, o primeiro Ciclo Cidadania da Língua” e remete para a informação constante no site da Associação que tem como moradas um apartamento em São Paulo e o escritório de uma empresa em Lisboa.

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A autarquia afiança que “a iniciativa é o primeiro passo para a inauguração da Casa da Cidadania da Língua, que ocorrerá em Coimbra em outubro de 2023. Com debates, palestras e performances, o Ciclo Cidadania da Língua serve como uma introdução a um projeto ambicioso e vai promover a reflexão em um momento em que a língua portuguesa ganha cada vez mais espaço internacional.”

No entanto, “sobre o futuro da Casa da Escrita”, a autarquia não revela pormenores e opta por convidar  “o “Notícias de Coimbra” para marcar presença no Debate “Coimbra n(o) centro da Língua | Ciclo Cidadania da Língua”, no dia 1 de julho, pelas 11h00, na Casa da Escrita”.

Não será preciso esperar pelo dia 1 de julho nem pela inauguração para ver que a Casa da Cidadania da Língua será “montada” nas instalações da “descontinuada” Casa da Escrita,  na  Rua João Jacinto, 8, em Coimbra.

Entretanto, Jorge Gouveia Monteiro, em entrevista à RUC, questionou a “possibilidade de cedência deste espaço (Casa da Escrita), a uma associação privada.

O líder do movimento Cidadãos por Coimbra revelou que “no próximo dia 29 de Junho, vai haver uma reunião com o órgão máximo a Assembleia Municipal de Coimbra, no qual se discutirá o futuro da Casa da Escrita”.  A fazer fé no que se vai sabendo, vão debater o que já está decidido por José Manuel Silva.

A autarquia afiança que “até ao momento, a Associação Portugal-Brasil 200 anos não recebeu financiamento da Câmara Municipal de Coimbra” e não quis adiantar se este curador é remunerado.

A Associação Portugal Brasil 200 anos foi “inventada”  por José Manuel Diogo, que assume a presidência da Direção. João Gabriel Silva, irmão do “prefeito” José Manuel Silva, é o presidente da Assembleia Geral desta organização “não governamental e sem fins lucrativos”.

Uma das maiores curadorias literárias em língua portuguesa arranca em Coimbra

Veja os vídeos da assinatura do acordo de cooperação internacional entre Coimbra e Brasil

 

Recordamos que no dia 21 de abril de 2022, a Universidade de Coimbra acolheu, com muita  pompa e circunstância, a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre a Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal, o Senado Federal do Brasil e a Associação Portugal Brasil 200 anos, para assinalar os 200 anos da independência do Brasil e que engloba o projeto 200 anos, 200 livros.

Decorrido mais de um ano após a assinatura do “Acordo de Cooperação Técnica entre o Senado Federal, a Universidade de Coimbra, Associação Portugal Brasil e Câmara Municipal de Coimbra”, o nosso jornal contactou a autarquia e a escola para o leitor saber o que foi feito no âmbito do projeto do “200 anos, 200 livros”. 

Recordamos que a Associação Portugal Brasil promete, por exemplo, publicar 20 a 30 livros em “formato coleção” editada e distribuída pelo “Grupo Folha no Brasil” e em outros países de língua portuguesa…”, criar uma “Linha do tempo”, uma exposição física “com uma parede com 20 metros de comprimento e 2,5 metros de altura”, uma “exposição original de 20 telas inéditas e de grandes dimensões”.

A instituição de Ensino Superior responde que a “Universidade de Coimbra celebrou o acordo referido tendo em vista o estreitamento de relações entre todas as partes signatárias. Nesse âmbito, a UC apoiou o projeto “200 anos, 200 livros”, enquanto espaço anfitrião do seu lançamento, mas não esteve envolvida em qualquer outra iniciativa desse projeto até à data”. Portugal Brasil”.

A autarquia prefere salientar “que dos primeiros frutos com mais visibilidade deste protocolo é a participação da Associação Portugal-Brasil 200 anos na programação da 44ª edição da Feira do Livro de Coimbra”, optando por não responder à generalidade das questões colocadas pelo Notícias de Coimbra.

Enquanto aguarda pelo convite para a inauguração pode entrar na loja da APBRC para comprar produtos exclusivos que são marcas de cidadania. 

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