Os carris do Ramal da Lousã, na Avenida Emídio Navarro, em Coimbra, onde têm ocorrido vários acidentes, sobretudo com motas e bicicletas, e que estão desativados há mais de uma década, vão ser retirados em setembro deste ano, disse ao Notícias de Coimbra a Infraestruturas de Portugal (IP).
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“A empreitada atualmente em curso prevê o levantamento dos carris existentes ao longo do troço [ do Sistema de Mobilidade do Mondego] entre o o Alto de São João e a Portagem. Conforme programação atual prevê-se [que na Avenida Emídio Navarro] os carris sejam retirados no mês de setembro”, informou fonte da IP, questionada pelo NDC.
“Estes carris que não são usados há mais de 10 anos são um perigo na via pública”, considera Luís Pato, de 45 anos, que sofreu uma grave queda de bicicleta neste local, há cerca de um ano. “Parti a bacia e estive internado três semanas”, conta, dizendo: “nunca pensei que o que me aconteceu tivesse uma dimensão tão severa”.
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O praticante de desporto, de Cantanhede, disse ao NDC, em entrevista, que se sente revoltado com “aquele equipamento abandonado ali” que já causou quedas “a dezenas de pessoas, algumas mais graves, outras menos graves”. O vídeo da transmissão encheu-se de comentários de outros cidadãos que estiveram em situações semelhantes. “Também já lá caí, felizmente não sofri consequências”, disse Carlos Santa Comba, Daniel dos Santos refere que quase caiu de mota “por causa desses carris” e Fernando Silva garante que “é uma vergonha, um perigo para qualquer veículo de duas rodas”, afirmando: “talvez quando morrer alguém algo seja feito”. Para Luís Melo Gaspar “infelizmente é uma situação recorrente. Aqueles carris são um perigo para todos que circulam na estrada”.
Grande parte das quedas ocorridas no local é protagonizada por estafetas de entregas de empresas que prestam serviço na cidade, como a Glovo ou a Uber Eats.
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Pouco depois do acidente que, em janeiro do ano passado, « o deixou de baixa médica durante oito meses, Luís Pato contactou a Câmara Municipal de Coimbra e foi informado que “o traçado ferroviários é da jurisdição da Infraestruturas de Portugal e que será adaptado para o sistema Metrobus prevendo-se na altura o início dos trabalhos para abril”. O atleta considera que alertar para este perigo é exercer a sua cidadania, “mais do que um direito é um dever que eu tenho”, sustenta.
A obra em questão já foi iniciada e a IP garante agora ao NDC que a retirada dos carris na Emídio Navarro está prevista para setembro deste ano. “Tratando-se de um troço urbano, por forma a minimizar os impactos na circulação dentro da cidade de Coimbra, a intervenção decorrerá de forma faseada”, adianta ainda a entidade.
Veja o testemunho de Luís Pato que sofreu um grave acidente nos carris da Avenida Emídio Navarro:
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