Carina Gomes “arrasa” Carlos Fiolhais!

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 24-04-2018

“Tem obrigação de ser sério e não apenas dizer coisas, lamenta a vereadora da Cultura de Coimbra depois de ler o que Carlos Fiolhais escreveu no Diário de Coimbra.

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Hoje, na reunião do executivo municipal de Coimbra, a vereadora da Cultura respondeu às crticias  do professor universitário, que é apoiante de José Manuel Silva, vereador do Somos Coimbra, que também não perde uma oportunidade de contestar a política cultural da autarquia liderada por Manuel Machado.

Veja o que disse Carina Gomes na sessão quinzenal do executivo municipal de Coimbra:

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Se o cidadão comum, que não está, regra geral, na posse de toda a informação sobre um assunto, pode dizer e diz coisas, ao cidadão com funções ou aspirações políticas, bem como ao cidadão com espaço de influência na comunicação social, exige-se, do meu ponto de vista, maior seriedade na forma e no conteúdo da mensagem.

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Dito de outra forma, mais simplista, esse cidadão deve evitar estados de alma e procurar estar o mais informado possível para ser íntegro nas suas afirmações e não induzir em erro os seus leitores.

O meu comentário vem a propósito de uma afirmação que li há poucos dias num jornal da cidade e que passo a ler: “Embora o magazine Ticket que anuncia espectáculos em todo o país seja dominado por eventos em Lisboa e Porto, também se encontram eventos noutras cidades. Mas não se encontra nada que tenha lugar no Convento de S. Francisco em Coimbra, um equipamento que custou 42 milhões de euros e que devia ter projecção nacional.”

Confesso a minha ignorância: não conhecia a “magazine Ticket”. Fiz o que qualquer cidadão comum faz e procurei no google. Muito espantada, encontrei uma revista de divulgação cultural e desportiva haitiana. Sim, do Haiti, o país. Ora, não creio que o Haiti seja um mercado estratégico para Coimbra, tal como não creio que seja inteligente investir dinheiros públicos a divulgar a agenda do Convento São Francisco numa revista do Haiti. 

Ocorreu-me, depois, que poderia tratar-se de um erro do autor do tal texto. Um primeiro erro, diga-se. E o erro talvez fosse pelo facto de o mencionado autor querer referir-se à Ticketline Magazine e não à Magazine Ticket. Ora, se assim for, reside aqui um segundo erro que, ou é intencional, ou resulta de ignorância. Das duas uma. Explico: a agenda do Convento São Francisco não é divulgada na Ticketline Magazine porque a Câmara Municipal de Coimbra tem contrato com a BOL – Bilheteira Online.

Nós sabemos que há outras plataformas de comercialização de bilhetes e de publicitação de eventos. Mas a Câmara tem contrato com a BOL. Óbvio, não? 

Que o cidadão comum não saiba deste pormenor, compreendo. Mais, entendo que é minha e nossa obrigação prestar a devida informação e esclarecer dúvidas sempre que estas surjam. Que um cidadão com palco mediático afirme tal coisa, não me parece razoável. Seja por ignorância ou por intenção.

Na conceção que tenho da vida autárquica, na conceção que tenho daquilo que é poder e oposição, na conceção que tenho da vida em geral, defendo que quem é lido ou ouvido tem maiores responsabilidades, tem obrigação de ser sério e não apenas dizer coisas.”


Em modo vago e sem qualquer referência a factos concretos, o resto do artigo fala do Centro de Artes e Espetáculos, da Figueira da Foz, dos preços dos bilhetes, da existência de programação avulsa, de reuniões políticas não pagas, do CAV e do Prémio Estação Imagem em Coimbra, numa amálgama incoerente de temas. O nível de seriedade é o mesmo da primeira parte sobre a Magazine Ticket.

Veja o artigo de opinião de Carlos Fiolhais:

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