Coimbra

Câmara quer garantir espaço para Bienal AnoZero no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 23-11-2018

O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) irá analisar e votar, na sua reunião de segunda-feira, uma proposta de colaboração da autarquia com o Estado Português e o Turismo de Portugal, I.P., no âmbito do programa REVIVE, para a requalificação e aproveitamento turístico e cultural do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

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O protocolo de colaboração prevê os termos e as condições de afetação de uma parte do edifício à instalação, funcionamento e realização da Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra.

O programa Revive foi apresentado no dia 28 de setembro de 2016 em Coimbra. O Mosteiro do Lorvão e do Convento de Santa Clara-a-Nova são os únicos edifícios do distrito de Coimbra que integram este programa.

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Recordamos que a Confraria da Rainha Santa Isabel reclama a propriedade do adro que dá acesso ao espaço que o Governo pretende concessionar a privados.

O programa que tem como principal objetivo promover a requalificação e o aproveitamento turístico de um conjunto de imóveis do Estado com valor arquitetónico, patrimonial, histórico e cultural que se encontram inativos.

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A autarquia  afirma que tem, por isso, realizado várias reuniões de trabalho com diversas entidades, desde ministérios a secretarias de Estado, estando também envolvidas neste processo a Direção Geral do Património Cultural, a Direção Geral do Tesouro e das Finanças e o Turismo de Portugal, I.P.

Reuniões essas que contribuíram “para a realização da proposta que vai estar em análise na próxima reunião do executivo municipal e que estabelece a participação do Município de Coimbra no processo de requalificação e aproveitamento turístico e cultural do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, bem como os termos e as condições de afetação de uma parte do edifício à instalação, funcionamento e realização da Anozero, cuja missão é contribuir para a reflexão sobre espaços patrimoniais, tendo sido inicialmente inspirada pela classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da UNESCO”.

Recorde-se que a 2ª edição da Anozero, em 2017, teve grande parte do seu programa expositivo no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, numa ação concertada entre as entidades organizadoras – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, CM Coimbra e Universidade de Coimbra – e as entidades competentes do Estado.

Desde então, a organização da Anozero manifestou a intenção de manter parte do edifício do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova como local expositivo e sede operacional da Bienal nas várias reuniões de trabalho que realizou com os representantes das entidades do Governo, no âmbito do REVIVE.

A proposta em análise define, segundo a CMC, um conjunto de condições e obrigações de cada entidade para a concretização do REVIVE, tendo em conta que a requalificação do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, associada à concretização de um projeto turístico e cultural, contribui de forma decisiva para a valorização do território do Município de Coimbra.

A ser aprovada, a CMC propõe a celebração de um protocolo de colaboração com Estado Português e o Turismo de Portugal, I. P.

 

O ministro Adjunto e da Economia disse no dia 9 de novembro que “até ao final deste ano” vão ser lançados mais seis concursos do programa Revive, que visa a valorização de edifícios com elevado valor patrimonial e cultural.

Este lote de venda incluirá a cedência o Mosteiro do Lorvão, mas ainda não inclui a entrega do Convento de Santa Clara-a-Nova.

Pedro Siza Vieira falava na comissão conjunta de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa e de Economia, Inovação e Obras Públicas, no âmbito da apreciação, na especialidade, do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).

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