Coimbra

Câmara e Diocese de Coimbra formalizam protocolo para valorizar património

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 meses atrás em 29-02-2024

A Câmara Municipal de Coimbra e a Diocese de Coimbra formalizaram hoje um protocolo que prevê a valorização de património que está na posse administrativa da Igreja Católica, colocando-o à disposição das pessoas, sejam elas crentes ou não.

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“Este protocolo tem como finalidade ajudarmo-nos todos uns aos outros, numa verdadeira atitude de cooperação entre instituições, valorizando o património edificado, mas também todo o tipo de património existente e que está na posse administrativa da Igreja Católica”, destacou o bispo da Diocese de Coimbra, Virgílio Antunes.

A Câmara Municipal de Coimbra assinou, ao final da manhã de hoje, um protocolo de colaboração com a Diocese de Coimbra para cedência de espaços do Convento São Francisco pelo período de dez anos, podendo ser renovado automaticamente no final do prazo, por períodos de um ano.

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Durante a assinatura, que decorreu no salão nobre dos Paços do Município, o bispo de Coimbra explicou que este protocolo cria condições para que muitas mais pessoas, sejam elas católicas ou não, possam “usufruir do património que a história legou”.

Para Virgílio Antunes, Coimbra tem uma marca histórica que é necessário que “todos conheçam melhor”, já que se vai cruzando com pessoas que nunca entraram no Museu Machado de Castro ou visitaram os espaços da Universidade de Coimbra, entre outros.

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“E todos significa as nossas populações e o nosso país também, até porque de fora do país, às vezes, a nossa cidade e o seu património, o seu valor, é melhor conhecido do que propriamente cá dentro”, sustentou.

Ao longo da sua intervenção, Virgílio Antunes salientou ainda que o protocolo foi firmado entre duas entidades de cariz diferente, “sem pruridos com o regime de separação”.

“Gostaríamos que o regime da separação continuasse a ser efetivo, no respeito e na cooperação mútua, mas que não fossemos um país marcado pelo dito laicismo. A laicidade, sim, faz parte integrante da nossa condição, porque as sociedades se organizam assim”, referiu.

Nesta ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, evidenciou que separação não significa afastamento, indicando que se trata de uma cooperação “sem reservas e sem complexos”.

“Este protocolo que agora assinamos, que representa o renovar de um protocolo que já existia, justíssimo, de cooperação, e que nos satisfaz também registar, abre novos caminhos de cooperação e isso também é importante. É um dia feliz para a Câmara e para a Diocese, ou seja, para o Município de Coimbra”, concluiu.

No protocolo hoje assinado, e que sucede a outro caducado em 2022, a Câmara Municipal de Coimbra compromete-se a assegurar à Diocese a utilização gratuita da Sala D. Afonso Henriques e do Grande Auditório, até seis dias e até dois dias por ano, respetivamente, assim como apoiar técnica e financeiramente a Diocese na realização de obras de conservação das igrejas do concelho.

Por sua vez, a Diocese compromete-se a patrocinar e a viabilizar a realização de protocolos, entre o Município e a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de São Cristóvão da Sé Velha – Coimbra e a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Cruz – Coimbra, para a utilização dos espaços da Sé Velha e do Mosteiro de Santa Cruz, para eventos culturais.

O protocolo prevê, ainda, que a Diocese de Coimbra patrocine e viabilize a realização de protocolos, entre o Município e as paróquias e as entidades canónicas detentoras de órgãos de tubos em funcionamento na cidade, por si tuteladas, que regulem e possibilitem a realização de concertos, a incluir nos circuitos turísticos promovidos pelo Município de Coimbra ou por entidade sua parceira.

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