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Câmara de Góis diz que já sustenta funcionamento da repartição de finanças
A presidente do município de Góis, Lurdes Castanheira (PS), mostrou-se hoje preocupada com o eventual encerramento da repartição de finanças local, que atualmente ainda funciona devido ao apoio da Câmara.
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“Há mais de dois anos que estão duas pessoas a trabalhar na repartição de finanças de Góis remuneradas pelo município. Se hoje ainda funciona em pleno deve-se ao nosso empenho e apoio financeiro”, afirmou à agência Lusa a autarca socialista.
O Governo comprometeu-se a encerrar metade das repartições de finanças do país até ao final de maio, decisão que deve afetar oito concelhos dos 17 do distrito de Coimbra, entre eles o de Góis.
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Lurdes Castanheira acusou o Governo de esvaziar os serviços no interior do país e disse que “jamais” será solidária com a política de encerramento de repartições de finanças.
A presidente da Câmara conclui que “se trata da morte anunciada do interior do país traçado pela coligação” PSD/CDS-PP.
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“Não olham a meios para atingir os fins. O que lhes importa é agradar naquilo a que se comprometeram”, referiu, salientando que é uma “promessa que os governantes têm com eles próprios – não é com os autarcas nem com a população”.
No entanto, Lurdes Castanheira mostrou-se disponível para assumir mais algumas despesas, se for necessário, para manter a repartição local em funcionamento, “mesmo sabendo que o município se está a substituir às obrigações da administração central”.
“Não nos tornem mais pobres do que já somos”, sublinhou.
No memorando de políticas económicas e financeiras que acompanha o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a 11.ª avaliação ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), o executivo escreve que pretende “estabelecer até ao final de 2014 um departamento dedicado aos serviços do contribuinte”, para “unificar a maioria dos serviços” e “melhorar a relação [dos contribuintes] com a administração” fiscal.
“Como parte desta reorganização, 50% das repartições locais de finanças vão ser encerradas até ao final de maio de 2014”, lê-se no mesmo documento.
O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, defendeu na terça-feira que a referência à data de final de maio para o encerramento de 50% das repartições de Finanças não é vinculativa e que tudo está ainda em discussão.
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