Coimbra

Caixotes a abarrotar com lixo em Coimbra

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 26-04-2023

Os trabalhadores da empresa ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro cumprem, esta quarta-feira, o terceiro e último dia de greve, com uma adesão de “100% nos dois primeiros dias, nem os trabalhadores escalados para os serviços mínimos vieram trabalhar”, disse, ao Notícias de Coimbra, Luísa Silva do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL).

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Esta quarta-feira a paralisação “rondou os 90% de adesão”reforçou a sindicalista à porta das instalações da ERSUC em Vil de Matos, salientando “os bons resultados obtidos com a greve”.

Luísa Silva garante que os impactos “se fazem sentir por todo o concelho, com a cidade com muito lixo”.

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O Notícias de Coimbra contactou a ERSUC, avançando que “o valor de adesão à greve, registado desde as 00:00 de segunda-feira até às 17:00 desta quarta-feira, é de 22%”, a empresa relata que “apesar de decretados os serviços mínimos, foi dificultada a saída e a entrada das viaturas afetas, o que condicionou as transferências dos resíduos indiferenciados.”

No email enviado à nossa redação lê-se, ainda, que “a administração da empresa mantém desde o início uma política de diálogo, sendo um dos principais objetivos de gestão da ERSUC o reconhecimento e valorização dos seus trabalhadores”.

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Na ronda que o Notícias de Coimbra fez, verificou que a greve de três dias convocada pelo STAL  deixou algumas zonas atulhadas de lixo, mas também encontrámos contentores vazios noutros locais do concelho.

A greve dos trabalhadores da ERSUC é justificada “para reivindicar melhores salários, a dignificação das profissões e o respeito pela contratação coletiva, assim como a urgência em travar a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho”, segundo comunicado do STAL.

As reivindicações incluem, entre outras, um aumento salarial de 10%, num mínimo de 100 euros, para todos os trabalhadores, com retroativos a janeiro de 2023, a implementação de um salário de entrada na empresa no valor de 850 euros e o pagamento do subsídio de insalubridade, penosidade e risco.

Esta ação de luta “resulta do profundo descontentamento e da contínua falta de respostas concretas às exigências dos trabalhadores face aos baixos salários praticados na empresa, a que se soma o desinvestimento nas condições de trabalho”.

O sindicato afeto à CGTP argumenta que “está nas mãos” da administração da ERSUC “encetar negociações sérias e há muito reivindicadas” com a estrutura sindical e os trabalhadores, acrescentando que estes “estão conscientes do impacto negativo desta paralisação junto das populações”, embora atribua a responsabilidade à empresa.

A atualização do subsídio de refeição “e dos diversos subsídios e suplementos”, a fixação do período de trabalho em sete horas diárias, 35 horas semanais e 25 dias de férias, e a criação e valorização das carreiras, “bem como a progressão e promoção profissional, e a regularização das situações de vínculo precário”, são outras das reivindicações apresentadas.

Veja os diretos NDC:

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