Portugal

Botânicos portugueses contribuem para a descoberta de 19 novas plantas

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 16-01-2024

Onze botânicos portugueses descreveram no ano passado 19 novas plantas em vários locais do mundo, uma delas em Portugal, no Alentejo, mas alertaram que mais de 60% delas estão ameaçadas de extinção.

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A contribuição dos portugueses para o esforço global da descrição da biodiversidade vegetal de 2023 foi divulgada hoje em comunicado pela Sociedade Portuguesa de Botânica (SPB), especificando que ao todo os responsáveis descobriram seis novas espécies, oito novas subespécies e cinco novos híbridos naturais.

O investigador João Farminhão, do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, identificou, em colaboração, duas novas orquídeas epífitas (que crescem sobre as árvores) na África Tropical.

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As espécies, de sete países, foram descritas pelos 11 investigadores em cinco publicações científicas internacionais.

A SPB diz ainda que na escolha dos nomes das plantas foram homenageadas pessoas de quatro nacionalidades, as localidades ou países onde foram descobertas, e até, num caso, a planta hospedeira parasitada pela “nova” planta.

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De acordo com o comunicado sobre as novas espécies, Miguel Porto, investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto, descobriu, com um investigador da Universidade de Córdova, uma nova espécie de planta parasita apenas conhecida, de momento, nas imediações do castelo de Noudar, Barrancos.

Trata-se da erva-toira-de-noudar, uma nova espécie de erva-toira, plantas que são holoparasitas, o que significa que não realizam a fotossíntese, dependendo exclusivamente dos hospedeiros para se alimentarem.

Também em 2023 os investigadores Ana Carla Gonçalves e Paulo Silveira, da Universidade de Aveiro, descreveram 10 novas calêndulas das montanhas de Marrocos e da Argélia.

A maior parte das novidades está criticamente ameaçada pelo aumento das secas nas montanhas e vales onde ocorrem.

Na África do Sul a investigadora Estrela Figueiredo, em colaboração com o britânico Gideon F. Smith, ambos afiliados à Universidade Nelson Mandela, descobriram uma nova planta suculenta, na cordilheira do Drakensberg, África do Sul.

A SPB refere ainda que o ano de 2023 foi marcado em Portugal pela publicação de uma nova listagem dos carvalhos existentes no país.

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