As corporações dos bombeiros vão começar a cobrar uma sobretaxa entre 50 a 150 euros por cada bloco de duas horas aos hospitais pela retenção das macas das ambulâncias.
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A medida será aprovada na próxima reunião do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros. Todas as semanas, há bombeiros que ficam horas nos serviços de urgência à espera das macas.
“Vamos propor um valor de 50 euros, 100 euros e 150 euros por cada bloco de duas horas, para que seja feito o ressarcimento nos corpos dos bombeiros das despesas que assumimos”, adiantou ao Jornal de Notícias, António Nunes. Segundo o presidente da Liga dos Bombeiros, a cobrança agravar-se-á consoante o aumento do número de horas em que maca fica paralisada nas unidades de saúde.
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“Nas primeiras duas horas são 50 euros, nas duas horas seguintes são 100 euros e, ao final de cinco horas de espera no hospital, o bloco de duas horas passa para 150 euros”, explicou.
“Algumas das equipas durante o dia são profissionais e têm horários de trabalho a cumprir e, em algumas regiões do Interior do país, as populações ficam sem ambulância, porque está retida nos hospitais”, denunciou. Em muitos casos, o problema está relacionado com a “má gestão das altas hospitalares” ou a “ inexistência ou a falta de manutenção das macas nos hospitais”, afirmou.
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“Vamos informar os hospitais que vamos cobrar esta sobretaxa e depois vamos emitir as faturas. Se não pagarem, naturalmente que pode haver outras medidas. Queremos que seja o hospital a assumir os custos com a paragem de ambulância, os bombeiros não podem continuar a ser prejudicados”, pode ler-se. Em setembro, a Liga propôs à DE-SNS esta solução, mas sem sucesso.
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