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Bloqueio prolongado na UE será “fratura exposta” de “consequências gravíssimas”

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 17-11-2020

O ministro dos Negócios Estrangeiros português considerou hoje que a persistência de um bloqueio da Hungria e Polónia à aprovação do orçamento plurianual e do fundo de recuperação da União Europeia será “uma fratura exposta” de “consequências gravíssimas”.

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“Seria irrealista se viesse aqui com uma posição otimista relativamente a esta última crise”, disse Augusto Santos Silva a propósito do bloqueio imposto na segunda-feira pela Hungria e pela Polónia à aprovação do Quadro Financeiro Plurianual da UE, por não concordarem com o mecanismo que condiciona o acesso aos fundos comunitários ao respeito do Estado de Direito.

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“Todos sabemos que a permanência desta situação de bloqueio terá consequências gravíssimas”, prosseguiu o ministro, ouvido na comissão parlamentar dos Assuntos Europeus sobre o Conselho Europeu da próxima quinta-feira.

Por “ordem de importância”, apontou, a UE entrará em orçamento por duodécimos, os esforços para reunir mais fundos para responder à crise ficarão comprometidos, a preservação e salvaguarda do mercado interno ficará limitada, Hungria e Polónia pagarão um preço institucional e político e a credibilidade da União perante os cidadãos será muito afetada.

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“Há um problema de credibilidade ligado ao modo como cidadãos, as opiniões publicas, as partes interessadas, os trabalhadores, as empresas, as ONG, as sociedades civis, os parlamentos nacionais, o povo europeu, olhará para esta fratura, que será mesmo uma fratura exposta , com uma metáfora muito crua, e exposta num dos órgãos mais importantes do corpo europeu”, frisou.

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