Portugal

Bispo da Guarda diz que em momentos de desilusão as pessoas se voltam para os extremos

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 meses atrás em 13-12-2023

Imagem: Reprodução @diocesedeviseu.pt

O bispo da Guarda considerou hoje que há um afastamento das forças políticas dos reais interesses das pessoas e lembrou que é em momentos de “desilusão” que as pessoas se voltam para os extremos.

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“Há um afastamento das forças políticas dos reais interesses. Precisávamos que houvesse uma aproximação para que as forças políticas pudessem ajudar a crescer para bem das pessoas”, disse D. Manuel Felício esta tarde durante a divulgação da mensagem de Natal aos jornalistas.

O bispo da Guarda considerou que os “momentos de desilusão com aqueles que podem ajudar um povo a crescer leva as pessoas a voltarem-se para os extremos”.

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Manuel Felício sustentou que “todos os extremismos por natureza são prejudiciais”.

“As pessoas vão por eles porque não veem outra tábua de salvação. Queremos ter tábuas de salvação que sejam equilibradas, válidas que ponham as pessoas no percurso conjunto da vida em sociedade”, assinalou.

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Manuel Felício referiu na mensagem de Natal, intitulada “Festa de Natal – Jesus vem ao Nosso Encontro”, que este é o tempo para os políticos e partidos “apresentarem os seus projetos e que os cidadãos em geral procurem intervir na sua definição para depois fazerem a escolha que se impõe”.

O bispo da Guarda disse que se pede “às forças políticas que sejam claras, apresentem ao povo aquilo que querem e procurem fazer projetos válidos, o mais possível em diálogo com as pessoas”.

Espera que o tempo até ao dia 10 de março [data das eleições legislativas] seja “um tempo útil e muito bem aproveitado para as forças políticas apresentarem os seus projetos os cidadãos”.

Na mensagem de Natal fez ainda referência à área da justiça que considera ser “o calcanhar de Aquiles do nosso sistema”.

Manuel Felício defende que “a verdade e o direito das pessoas tem de ser a medida única de uma justiça que se preza”. Se a verdade e os direitos das pessoas são substituídos por interesses, então nós temos as coisas a andarem ao contrário”.

“Temos de pedir à justiça para se assumir como um serviço com dignidade e imparcialidade. Um serviço que não se deixa comprar por ninguém”, sublinhou.

O bispo realçou “pela positiva” na mensagem de Natal “a disponibilidade dos portugueses para acolherem bem os imigrantes” que destacando que “quase dez por cento da população portuguesa já é constituída por estrangeiros”.

Manuel Felício ressalvou, no entanto, que esse acolhimento “precisa de ser complementado com iniciativas de inserção, seja através do ensino, seja na saúde ou na proteção social”.

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