Coimbra

Bienal de Coimbra Anozero entre 2 de novembro a 29 de dezembro

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 12-06-2019

As artistas Anna Boghiguian e Erika Verzutti vão estrear-se a expor em Portugal com a participação na bienal de arte contemporânea de Coimbra Anozero, que vai decorrer entre novembro e dezembro, anunciou hoje a organização.

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A egípcio-canadiana Anna Boghiguian é uma artista de origem arménia cujas obras fazem parte de coleções de museus como o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque ou o Guggenheim, tendo recentemente contado com uma retrospetiva no Tate St Ives, em Inglaterra, no início deste ano.

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Já Erika Verzutti, que este ano teve com uma exposição individual no Centro Pompidou, em Paris, é uma artista plástica natural de São Paulo, que já participou na Bienal de Veneza.

“São artistas internacionais consagradas com percursos muito consolidados. Não são grandes vedetas da arte contemporânea, porque também nos interessa uma ideia de produção de conhecimento”, de mostrar obras e artistas que nunca estiveram no país, disse à agência Lusa Lígia Afonso, curadora-adjunta da bienal, cuja equipa tem como curador-geral o brasileiro Agnaldo Farias.

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Pela bienal de arte contemporânea Anozero, que vai decorrer de 02 de novembro a 29 de dezembro, vão também passar artistas como a espanhola Belén Uriel, os brasileiros José Spaniol e Ana Vaz e a turca Meriç Algün.

Dos nomes já anunciados pela organização, constam também os portugueses João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Luís Lázaro de Matos, Bruno Zhu e João Gabriel.

No Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, espaço parcialmente desocupado que vai continuar a ser um dos palcos da bienal, a equipa curatorial apostou em comissões junto de artistas portugueses, “muitos deles jovens e alguns sem experiência de grande escala”, referiu Lígia Afonso.

Sendo um espaço monumental, “é uma oportunidade para eles poderem explorar o trabalho de grande escala”, vincou.

Naquele local, a equipa pretende “trabalhar a ideia de convergência e de margem” – o tema da bienal é “A Terceira Margem”, que deriva de um conto do escritor brasileiro Guimarães Rosa.

Para Nuno de Brito Rocha, o outro curador-adjunto, se na anterior edição houve um enfoque na arquitetura no trabalho em torno do convento, este ano, o edifício “não é explorado no sentido espacial do que a arquitetura representa”.

“Vai haver trabalhos mais etéreos ou mais fantasmagóricos, à imagem da própria personagem principal do conto do Guimarães Rosa, e outros mais concretos, quer na forma do trabalho quer do ponto de vista da linguagem”, vincou, referindo que o medo da dimensão foi perdido assim que a equipa aceitou também os vazios daquele espaço.

Além do Convento de Santa Clara-a-Nova, a exposição da bienal vai também espalhar-se por outros pontos da cidade, como é o caso do Edifício Chiado, a Sala da Cidade, Laboratório Chímico ou Colégio das Artes, entre outros espaços.

Para além da exposição, haverá também um catálogo e um programa, esse desenvolvido pelos alunos do mestrado em Estudos Curatoriais da Universidade de Coimbra.

Essa componente pretende também garantir uma ligação da bienal à cidade e à comunidade, vincou Lígia Afonso.

“A bienal tem uma curadoria de fora para dentro e queremos alguém que faça o contrário”, acrescentou.

A bienal Anozero, que vai para a sua terceira edição, é promovida pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, pela Câmara Municipal e pela Universidade de Coimbra.

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