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Biblioteca de Coimbra encerra centenário com homenagem a Carlos Santarém

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 meses atrás em 06-12-2023

O antigo diretor da Biblioteca Municipal de Coimbra (BMC) Carlos Santarém vai ser homenageado no sábado, a título póstumo, no âmbito do encerramento das comemorações do centenário da instituição.

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O nome de Carlos Santarém Andrade vai ser dado à sala de leitura da BMC, com o descerramento de uma placa evocativa, às 16:00, a iniciar um programa vespertino que conta com a presença do presidente da Câmara Municipal, José Manuel Silva.

Licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Carlos Santarém Andrade (1941-2023), natural de Gouveia, morreu aos 81 anos, em 08 de janeiro.

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O vereador Francisco Queirós, que detém os pelouros das bibliotecas e dos arquivos do município, disse hoje à Lusa que a proposta para homenagear Carlos Santarém “partiu dos funcionários” da Biblioteca, que assim, com a concordância da Câmara, quiseram “perpetuar a memória do antigo diretor, pessoa muito querida na casa e figura muito importante da cultura” da cidade.

Francisco Queirós salientou que a aposta da autarquia para o futuro da BMC aponta para “uma biblioteca que se quer aberta e muito frequentada”.

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Na juventude, ainda aluno do Liceu D. João III (atual Escola Secundária José Falcão), em Coimbra, Carlos Santarém ingressou na República dos Kágados, onde coabitou com o músico José Mário Branco, entre outros companheiros dos anos de 1960.

Situada na Alta, esta é a mais antiga casa comunitária de estudantes de Coimbra, fundada em 1933, e que também homenageou Carlos Santarém no dia 02, durante a festa comemorativa do 90.º aniversário.

O antigo diretor da BMC publicou vários livros, sobretudo sobre a história de Coimbra e escritores de algum modo ligados à cidade do Mondego, o último dos quais em 2022, no contexto das celebrações republicanas do 5 de Outubro, intitulado “Coimbra e a República. Da propaganda à proclamação”.

No sábado, o programa do centenário da BMC inclui ainda a apresentação de dois volumes do “Arquivo Coimbrão” e do processo de digitalização de “O Conimbricense”, um antigo jornal da cidade.

“’O Conimbricense’ é fundamental para quem quer conhecer e estudar o século XX em Coimbra”, enfatizou Francisco Queirós.

ÀS 16:30, realiza-se um debate sobre os 100 anos de leitura pública em Coimbra, “em particular sobre o futuro das bibliotecas públicas e das políticas culturais”, com a participação de José Augusto Bernardes e João Gouveia Monteiro, professores da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e antigos diretores da Biblioteca Geral, e da escritora Teolinda Gersão, com moderação de Beatriz Marques, também docente da FLUC.

Iniciadas há um ano, as comemorações do centenário da Biblioteca Municipal encerram no sábado, “com o programa institucional”, e no sábado seguinte, 16 de dezembro, “com um dia de festa”, informou a autarquia através de um comunicado enviado à Lusa.

No dia 16, a partir das 11:00, realiza-se “um conjunto de espetáculos, com ênfase para atuação do Coro das Mulheres da Fábrica”, no átrio da Casa Municipal da Cultura, às 22:30.

A BMC atrai anualmente mais de 200 mil utilizadores, “que recorrem aos seus serviços para consultar, estudar, requisitar ou assistir a atividades”.

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