Saúde

Bebé retida em hospital por alegado consumo de canábis pela mãe

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 8 meses atrás em 28-08-2023

Uma bebé recém-nascida de um casal brasileiro ficou retida por 5 dias no Hospital de Cascais por suspeitas de a mãe ser consumidora de canábis.

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Segundo o Jornal de Notícias (JN), a criança nasceu a 10 de agosto e, num vídeo publicado no Instagram, os pais relataram que, no dia seguinte, os médicos requereram que a mãe fosse submetida a um exame toxicológico, por, segundo a própria, ter sido utilizadora de canábis antes da gravidez. “Os médicos alegaram que a bebé corria o risco de morte súbita”, contaram.

Os resultados atestaram a ausência de drogas. Contudo, no dia 12, a GNR, acompanhada de elementos da CPCJ, pediu que a família realizasse um novo exame, ainda de acordo com o vídeo do casal. No mesmo dia, os médicos informaram os pais que a menor ficaria sob a custódia do hospital até haver permissão para a levarem.

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A CPCJ permitiu que tal acontecesse no dia 14, mas o casal foi informado de que será monitorizado até fevereiro de 2024, seis meses após o parto. “Os pais reclamaram da decisão, argumentando que o teste deu negativo e que o consumo da substância em causa é descriminalizado em Portugal desde 2001”, refere o JN.

Além disso, a família considera que o tratamento que recebeu na unidade hospitalar foi ríspido em múltiplas ocasiões.

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Segundo os pais, os profissionais de saúde tentaram impedir a amamentação ao sugerir leite de fórmula e pressionaram-nos a respeito da decisão de não quererem a vacinação contra a tosse convulsa, que é opção em Portugal.

O casal acrescentou ainda que houve um comentário xenófobo de uma médica: “Ah, é um casal de brasileiros”.

O jornal contactou o hospital em causa que “garantiu que a situação está a ser acompanhada pelas entidades competentes, de acordo com os protocolos instituídos”.

Além disso, assegurou que os médicos atuaram “de forma totalmente criteriosa, responsável e humanizada”.

“O Hospital de Cascais, enquanto estabelecimento de saúde acreditado pela Joint Commission International, cumpre os procedimentos definidos por lei e os protocolos clínicos instituídos, nomeadamente no âmbito da segurança do doente”, acrescentou, escusando-se a comentar “com maior detalhe” a situação em si, por uma questão de confidencialidade.

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