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Atividade na zona euro cai para novo mínimo em abril

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 23-04-2020
A atividade empresarial na zona euro voltou em abril a registar a maior queda desde que se começaram a compilar dados comparáveis em julho de 1998, segundo o indicador ‘flash’ da consultora IHS Markit hoje divulgado.

O indicador ‘flash’ PMI (Purchasing Managers’ Index) composto para a zona euro colapsou, de novo, em abril, ao cair para 13,5 pontos, contra 29,7 pontos em março, ou seja, a maior contração mensal da atividade nas mais de duas décadas da sua história e a segunda consecutiva.

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Até março deste ano, o mínimo histórico do índice PMI da Markit, de 36,2 pontos, tinha sido registado em fevereiro de 2009, no pico da da crise financeira mundial.

Segundo os dados recolhidos entre 07 e 22 de abril, a zona euro está a sofrer os recuos mais pronunciados da atividade empresarial e do emprego, em níveis nunca antes registados, devido às medidas adotadas para conter a pandemia da covid-19, como o encerramento temporário de empresas e restrições ao movimento de pessoas.

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O setor dos serviços foi o mais afetado pelas medidas de confinamento, sobretudo hotelaria, habitação, restauração, viagens e turismo, que foram forçados a fechar portas ou viram limitada a sua capacidade operacional.

No setor da indústria transformadora também se registou uma queda recorde da produção, com o encerramento de fábricas de produtos essenciais, redução intensa da procura ou limitações por escassez de pessoal.

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Os níveis de novas encomendas recebidas caíram ao ritmo mais intenso alguma vez registado, tanto no setor da indústria transformadora como no dos serviços.

A contratação de pessoal caiu pelo segundo mês consecutivo, marcando a maior queda histórica no setor dos serviços e a mais intensa desde abril de 2009 no setor da indústria transformadora, devido aos despedimentos temporários por força maior, ainda que excluídos estes “o recuo continue a ser um dos mais intensos registados pelo estudo”.

Os preços médios cobrados pelos bens e serviços caíram ao ritmo mais pronunciado desde junho de 2009, sobretudo nos serviços.

A análise por países revela que o colapso da atividade foi generalizado, com o indicador PMI a cair para mínimos históricos de 17,1 na Alemanha, 11,2 pontos em França e de 25 pontos nos restantes países da região.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.

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